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Mãe de Isis Valverde celebra fim da quimioterapia: 'Morrer para renascer'

Rosalba Nable e a filha, Isis Valverde. Nable mostra cabeça raspada em decorrência do câncer - Reprodução/ Instagram @rosalbanable
Rosalba Nable e a filha, Isis Valverde. Nable mostra cabeça raspada em decorrência do câncer Imagem: Reprodução/ Instagram @rosalbanable
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

03/10/2024 16h32

Rosalba Nable, 60, concluiu o tratamento de quimioterapia. Ela é mãe de Isis Valverde, 37.

O que aconteceu

Rosalba, que há alguns meses foi diagnosticada com câncer de mama, ganhou uma festinha no hospital nesta quinta-feira (3). Além da equipe médica, ela estava acompanhada do namorado, o analista de desenvolvimento de sistemas Carlos Wanderson.

Nas redes sociais, a pedagoga celebrou mais uma etapa concluída. "O fim da quimioterapia é quase como abrir as janelas e encher os pulmões de ar puro. Acabou. Foi a última e espero que seja também a última de toda a minha vida. Foram 8. De 15 em 15 dias. Exames de sangue 2 dias antes da infusão para verificar se meu corpo estava apto para a medicação. E estava. Mesmo eu achando que não", iniciou ela.

Ela contou que dispensou o uso de cateter e, por isso, precisou levar muitas agulhadas ao longo do tratamento. "Cheguei a levar três em uma única vez. Mas preferia não estar com ele aqui no meu corpo. Seria demais para minha cabeça que odeia agulhas ou similares."

A mãe da atriz relatou como o processo foi difícil. "Esqueçam isso de que a quimioterapia 'vermelha' é mais agressiva do que a 'branca'. Não foi a minha experiência. Eu ousaria dizer que a branca até usa de requintes de crueldade. Passei mal inclusive durante a infusão."

Rosalba afirmou que ainda deve sentir os efeitos colaterais por mais duas semanas. "Agora, por mais 15 dias, ainda estarei sob os efeitos colaterais: boca seca, gengivas com aftas em toda a extensão, intestino completamente imprevisível, dermatite generalizada, estômago também muito instável, dores de cabeça, náuseas, uma fadiga extrema por vezes e a fatal perda dos cabelos. Mas não precisei ser internada (chega a ser irônico). Cheguei à conclusão de que a frase de um amigo (que também passou por isso) é a verdadeira realidade da quimioterapia: 'matar um rato com uma bomba'. A esperança é aniquilar todas as células ruins, mas as boas vão junto. É morrer para renascer."

Ela ainda disse que tem recebido muitas mensagens de mulheres que já passaram pela mesma situação. "Leio todas as mensagens que terminam sempre com desejos de cura e oração. Isso tudo acalenta o coração e traz a sensação, egoísta e sádica até, de não estar sozinha (eu preferia estar, sem demagogia). Mas somos humanos e hoje (ainda lá no hospital) pedi a Deus a piedade divina por todas nós."

Rosalba Nable finalizou falando sobre a ressignificação de sua vida. "Prossigo aqui sem gratulação, ingrata que sou, dirão. Mas não vou mentir. Só existe em mim um alívio profundo por este ciclo ter acabado, pois minha fobia de hospitais não acabou, acho até que aumentou, porque ressignificou minha certeza sobre a tamanha dor que ali habita. E, dessa vez, na minha pele. Agora, após 15 dias, vão se iniciar as radioterapias. Vou iniciar também o bloqueio hormonal por longos 10 anos. Vamos juntas, mas agora, de janelas abertas. Portanto, respire fundo."

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