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Eclipse solar parcial será visível para parte do Brasil hoje; saiba onde

Eclipse solar anular visto de Manaus, em 14 de outubro de 2023; fenômeno desta terça (2) será melhor visível, ainda que parcialmente, por cidades do sul do Brasil - Michel Dantes/AFP
Eclipse solar anular visto de Manaus, em 14 de outubro de 2023; fenômeno desta terça (2) será melhor visível, ainda que parcialmente, por cidades do sul do Brasil Imagem: Michel Dantes/AFP
do UOL

De Tilt, em São Paulo

02/10/2024 11h24

Nesta quarta-feira (2), no fim de tarde, haverá um eclipse solar anular, que será acompanhado parcialmente no Brasil, entre 16h30 e 18h30 do horário de Brasília.

O que acontecerá

O eclipse ocorre quando a Lua orbita entre a Terra e o Sol. O que acontece hoje é chamado de anular, pois a Lua não consegue cobrir completamente o Sol, deixando visível uma espécie de anel de luz solar. Isso acontecerá porque a Lua fica um pouco mais longe da Terra do que o habitual, dando essa impressão, para nós da Terra, de "cobertura" do astro-rei.

O eclipse vai ser melhor observado no oceano Pacífico e extremo sul da América do Sul, incluindo Chile e Argentina, segundo o Observatório nacional.

A regra para o Brasil segue a lógica: quanto mais ao sul do país, maior será a cobertura do Sol.

Segundo o Climatempo, em ordem crescente, os estados onde estará melhor visível: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso.

Chuí, a cidade mais ao sul do Brasil, vai ter a melhor visualização do eclipse, com um nível de cobertura de 38,15%. Então, haverá só um trecho parcial da Lua cobrindo o Sol.

Nas capitais, segundo ainda o Climatempo, haverá a seguinte porcentagem de cobertura:

  • Porto Alegre - 26,89%
  • Florianópolis - 20,19%
  • Curitiba - 14,63%
  • São Paulo - 10,44%
  • Rio de Janeiro - 9,52%
  • Campo Grande - 4,45%
  • Vitória - 4,44%
  • Belo Horizonte - 3,76%

Quanto mais ao sul você estiver, mais cedo o eclipse solar estará visível. No Chuí, por exemplo, estima-se que a partir das 16h30 já esteja visível, com o pico ocorrendo por volta das 17h41.

Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba: a visualização ocorre entre 16h38 e 16h50.

São Paulo, Vitória, e Rio de Janeiro: o início é previsto para entre 17h e 17h10.

Vitória e Belo Horizonte: poderão visualizar o fenômeno a partir 17h10.

Campo Grande: início às 16h (do horário local, já que o fuso horário é diferente).

Observação do eclipse solar exige cuidados

Olhar para eclipse sem proteção pode deixar cego? A resposta é sim. O real problema não é o eclipse em si, mas sim olhar para o Sol por muito tempo.

O olho humano possui naturalmente mecanismos de proteção contra as radiações eletromagnéticas. Porém, olhar diretamente sem se proteger pode queimar as células da retina e provocar graves lesões, até mesmo a cegueira.

Os sintomas imediatos estão dor nos olhos e visão embaçada, que podem aparecer logo após a exposição solar. No entanto, os danos oculares, como a retinopatia solar, podem não se manifestar imediatamente. Os efeitos a longo prazo podem levar de algumas horas a alguns dias para se tornarem aparentes e, em alguns casos, os sintomas podem demorar mais para se desenvolver.

Como observar um eclipse sem riscos à saúde dos olhos?

Óculos escuros ou exames de raio-x não são suficientes para proteger os olhos dos raios do Sol durante um eclipse — recorrer a esses meios pode trazer danos à visão.

O mais adequado é usar um óculos certificado pelo ISO 12312-2. Esses óculos bloqueiam com segurança a luz prejudicial do Sol.

Fontes: oftalmologistas César Motta e Caio Regatieri

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