Farmácia no seu quintal: 10 plantas que você deveria ter em casa
Sabe aquela sua vó que fazia chá de plantas "mágicas" do quintal para o dia daquela gripe? Algumas daquelas plantas realmente têm propriedades médicas e servem de remédio, são as consideradas fitoterápicas e podem ser plantadas em sua casa.
A iniciativa é vista como algo positivo pelos especialistas que, no entanto, alertam para itens básicos para quem não quer correr riscos.
Mas cuidado, as pessoas não devem usar plantas das quais não têm conhecimento e das quais não há comprovação científica que é benéfica.
As plantas consideradas medicinais são reconhecidas pelo Ministério da Saúde. O primeiro passo sempre é consultar um médico para ter um diagnóstico preciso sobre o estado de saúde.
Médicos, farmacêuticos e nutricionistas são os profissionais que podem indicar as melhores plantas fitoterápicas, caso seja uma opção o tratamento com plantas.
Conheça dez espécies e como podem ser usadas
Poejo (Mentha pulegium L.)
Indicação terapêutica: Como expectorante, estimulante de apetite, para perturbações digestivas, espasmos gastrointestinais, cálculos biliares e infecção da vesícula biliar.
Parte utilizada: Folhas
Preparo: Chá por infusão, 1 grama da planta para 150 ml de água. O chá não deve ser consumido mais que três vezes ao dia.
Não deve ser usado por mulheres grávidas e por crianças menores de 6 anos.
Arnica (Solidago microglossa)
Indicação terapêutica: Para hematomas e machucados.
Parte utilizada: Folhas e flores
Preparo: Chá ou sumo da folha pode ser usado em um banho, ou esfregando diretamente no local
Aroeira (Schinus terebonthifolia Raddi)
Indicação terapêutica: Inflamação vaginal, corrimento, cicatrizante.
Parte utilizada: Cascas dos caules.
Preparo: Chá é usado em compressas ou banhos de assento (1 grama de matéria-prima para 1 litro de água). Usar, no máximo, duas vezes ao dia.
Carqueja (Baccharis trimera DC)
Indicação terapêutica: Distúrbios digestivos e dispepsia.
Parte utilizada: Partes aéreas.
Preparo: Chá por infusão, 3 g de matéria-prima para 150 ml de água. Pode ser consumido de duas a três vezes ao dia.
Não deve ser usado por mulheres grávidas.
Guaco (Mikania glomerata)
Indicação terapêutica: gripes e resfriados, bronquites alérgicas e infecciosas, e como expectorante.
Parte utilizada: Folhas.
Preparo: Chá por infusão, 3 gramas de matéria-prima para 150 ml de água, ou xarope, 20 g de folhas secas em 100 ml de álcool 70%p/p. Máximo de três vezes ao dia.
Hortelã (Mentha spp)
Indicação terapêutica: Calmante
Parte utilizada: Folhas
Preparo: Chá por infusão, 3 g de matéria-prima para 150 ml de água. Tomar uma vez ao dia
Goiaba (Psidium guajava L.)
Indicação terapêutica: Diarreias não infecciosas.
Parte utilizada: Folhas jovens.
Preparo: Chá por infusão, 2 gramas de matéria-prima para 150 ml de água. Tomar no máximo dez vezes ao dia doses de 30 ml.
Pitanga (Eugenia uniflora)
Indicação terapêutica: Febre em criança.
Parte utilizada: Folhas.
Preparo: Chá por infusão, 10 gramas de folhas para 1 litro de água. O chá deve ser usado em banhos, até duas vezes ao dia.
Camomila (Matricaria chamomilla L.)
Indicação terapêutica: Calmante
Parte utilizada: Flores
Preparo: Chá por infusão, 2 gramas de matéria-prima para 150 ml de água. Consumir uma vez ao dia
Salsa (Petroselinum sativum)
Indicação terapêutica: diurético e anti-hipertensivo
Parte utilizada: Folhas
Preparo: Chá por infusão, 3 gramas de matéria-prima para 150 ml de água, ou consumir a planta natural
Fontes: farmacêuticos Amanda Viegas Valverde e João Ernesto de Carvalho.
*Com reportagem de junho de 2017