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Caco Ciocler compara atuação no cinema com a das novelas: 'É mais cruel'

do UOL

de Splash, em São Paulo

26/09/2024 05h30

Fora das novelas desde 2022, Caco Ciocler diz que atuar no cinema é "mais cruel" que fazer folhetins. Segundo ele, nas telonas, o ator não tem como repensar seu trabalho, caso não goste do resultado.

Na novela, você tem a possibilidade de se ver no ar e de ir consertando. Ser um coautor. Já o cinema é mais cruel nesse sentido. Você entrega, vai para sua casa e não sabe o que vai ser feito daquilo.

Caco diz não ter preferência entre cinema e novela, mas destaca a importância do feedback dos folhetins. "No cinema, o diretor, literalmente, manipula o trabalho que você entregou da maneira que ele quiser. Então é sempre muito violento a primeira vez que você assiste"

O último lançamento do ator foi nos cinemas, ao viver Britto, um policial corrupto em "Passagrana". O filme foi filmado em 2023 e ele assistiu ao resultado na pré-estreia do dia 17 de setembro, em São Paulo, logo após a entrevista.

Em das cenas do filme, Caco relatou perrengue ao correr atrás dos protagonistas em uma batida policial. Ele não conseguiu acompanhar o ritmo dos atores Wesley Guimarães, Juan Queiroz, Wenry Bueno e Elzio Vieira, que deram vida a Zoinhu, Lingua, Alãodelom e Mãodeló no filme roteirizado e dirigido por Ravel Cabral.

Eu não sinto que estou envelhecendo. Só percebo quando olho pro espelho e faço esse tipo de cena. Eu sempre corri muito, mas eles correram muito e eu não aguentei. Falei, c*, eu estou velho.

Ator de novelas como "Chocolate com Pimenta", "Páginas da Vida" e "América", ele elogia a nova geração de atores do longa. "Os meninos são uma graça, extremamente talentosos. Foi muito bom estar com eles no set. A primeira cena que eu fiz com eles foi assustadora e eles estavam já amarrados. Em um estado de pânico que é muito difícil de conseguir e de manter".

Como dar vida a um policial violento e corrupto? O ator diz que Britto tem uma energia totalmente diferente da sua. "Eu tinha que impor medo, só pela presença. Eu não tenho o físico que colabore e e eu não deixo as pessoas assustadas", reflete. Para conseguir representar essa figura, ele precisou trabalhar seu lado 'violento', que não faz parte da sua vida. "Eu sei ser violento, mas escolho não ser. O grande trabalho foi esse: como trabalhar essa energia que fosse assustadora", explica.

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