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Justiça pede inclusão de investigados em caso de Gusttavo Lima na Interpol

do UOL

De Splash, em São Paulo

23/09/2024 19h16

A Justiça de Pernambuco, que solicitou hoje a prisão preventiva de Gusttavo Lima, 35, pediu que outros investigados sejam incluídos na lista de foragidos que serão buscados pela Interpol.

O que aconteceu

Justiça listou nomes dos foragidos que podem ser detidos pela Interpol. Rayssa Ferreira Santana Rocha, Thiago Lima Rocha, José André Da Rocha Neto, Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha e Edson Antonio Lenzi Filho formam a relação divulgada pelo TJ-PE.

O juízo também manteve todos os decretos de prisão já expedidos anteriormente, incluindo o da influenciadora Deolane Bezerra, e determinou a difusão vermelha junto à Interpol para a captura dos que estão foragidos.
Diz posicionamento oficial do TJ-PE

Questionado pela reportagem sobre o caso específico de Gusttavo Lima, departamento de comunicação do TJ-PE repetiu o texto acima. Nome do cantor pode ser incluído na lista da Interpol nos próximos dias caso ele não se apresente à Justiça.

O que é a difusão vermelha? Funciona como um mandado de captura internacional. Esta solicitação é feita para que uma pessoa possa ser detida fora do país caso seja localizada pelas autoridades locais e tenha pedido de prisão em aberto no Brasil.

Após pedido da juíza, a difusão vermelha precisa ser solicitada por um promotor de Justiça ao Poder Judiciário. Com a aprovação, é encaminhada à superintendência da Polícia Federal, responsável por repassar pedido à Interpol.

Por que Gusttavo Lima teve prisão decretada?

Suposta lavagem de dinheiro. Investigação aponta que Gusttavo Lima possui "intensa relação financeira" com foragidos que tiveram prisão decretada na mesma operação. Informações levantam sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas, conforme a decisão judicial que decretou a prisão do cantor.

Descaso. O inquérito policial que indiciou Gusttavo Lima indica que o cantor não compareceu à convocação da polícia para tratar sobre o caso. "

Movimentações suspeitas. Conforme o relatório apresentado em decisão judicial, Gusttavo Lima recebeu R$ 1,3 milhão de uma de suas empresas — a organização também registra movimentações financeiras envolvendo empresas de apostas que, supostamente, fazem parte do esquema de lavagem de dinheiro.

Relação com foragidos. Justiça questionou relação entre Gusttavo Lima e um casal foragido, formado por José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha. Relato também aponta que músico teria relações com outros investigados pela operação. "A conivência de Nivaldo Batista Lima [Gusttavo Lima] com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade."

Viagem pela Europa. Em viagens por Atenas, na Grécia, e pelas Ilhas Canárias, na Espanha, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha estavam no avião do cantor. Eles optaram por não retornarem ao Brasil, o que foi analisado pela Justiça do Pernambuco como uma evidente tentativa de fuga. "É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima, ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça".

Apreensão de avião. Aeronave estava em nome da empresa Balada Eventos e Produções, uma das empresas do músico. Segundo o colunista de Splash Lucas Pasin, a informação consta no sistema da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Operação Integration, que apreendeu o avião, foi a mesma que determinou a prisão da influencer Deolane Bezerra.

Bloqueio de contas. A Justiça bloqueou R$ 20 milhões da empresa de Gusttavo Lima, além do sequestro de todos os imóveis e embarcações que estão em nome da Balada. A empresa é suspeita de lavagem de dinheiro no âmbito da mesma operação.

Atividades suspeitas de empresa. A Balada seria usada no esquema criminoso de lavagem de dinheiro de apostas ilegais com empresas de um homem identificado como José da Rocha Neto. A empresa Balada Eventos e Produções LTDA é responsável por diversos eventos sertanejos, entre eles o tradicional "Buteco", festa que tinha Gusttavo Lima como principal atração.

Participação em empresa. Neste ano, Gusttavo Lima adquiriu participação de 25% na empresa Vai de Bet. Associação "levanta sérias dúvidas" sobre integridade das transações e vínculos estabelecidos pelo cantor, destaca a decisão judicial que optou pela prisão.

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