Sucesso no automobilismo: quem é a filha de Datena, atacada após cadeirada?

A apresentadora da Stock Car, Leticia Wiermann Datena, vem sofrendo ataques nas redes sociais após seu pai, o jornalista e candidato a prefeito José Luiz Datena (PSDB), ter agredido o adversário Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira durante debate realizado pela TV Cultura na noite de domingo (15).

O que aconteceu

Leticia Datena tem recebido comentários em suas redes sociais que questionam se o pai também a agredia. As postagens também dizem que Datena é violento ou um criminoso sexual.

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Diversos comentários declaram apoio a Marçal —por meio do número do candidato ou da letra "M". Também há mensagens de apoio à jornalista, que pedem que ela seja deixada de fora do embate. Não está claro se as postagens de ambas as partes são genuínas ou produzidas por bots (robôs).

Quem é Leticia Datena?

Única mulher entre os cinco filhos do apresentador do "Brasil Urgente" (Band), Leticia e seu irmão Marcelo são frutos de uma relação de Datena com a jornalista Mirtes Wiermann. O relacionamento ocorreu durante um período de três anos em que ele esteve separado da esposa. O próprio jornalista relatou a história à revista Istoé, em 2011.

Datena admitiu, na entrevista, ter muito ciúme de Leticia porque ela "é muito bonita". "Na beleza, ela puxou a mim (risos). Fiquei seis anos sem ver a Leticia e o Marcelo, meu outro filho, porque a mãe deles casou com outro cara e não queria que eu os visse. Até que, enfim, ela quis que eles me conhecessem. Hoje faço tudo para ajudá-los. Com a Leticia, que é geniosa como eu, a aproximação foi difícil", lembrou à época.

A jornalista especializada em automobilismo relatou no programa "Faustão na Band", em 2022, que, ao reencontrar Datena, a "conexão" foi imediata. "Por motivos da vida, e também que já passaram, eu fiquei nove anos sem ver meu pai. A gente tinha se visto pela última vez em Ribeirão Preto, a cidade onde nasci e cresci. Com 15 anos, vim para São Paulo para participar da final de um concurso de modelo. Foi aí que meu pai entrou em contato e tive a oportunidade me reencontrar com ele. [...] Quando a gente se abraçou, parecia que eu tinha visto ele ontem."

Pai, hoje eu tenho 35 anos, já faz 20 anos que a gente voltou a conviver. Queria te dizer que eu te amo demais, você definitivamente é o melhor pai que eu poderia ter.
Leticia Datena

Antes de seguir carreira como jornalista, Leticia atuou como modelo internacional entre os 16 e os 26 anos. Na época, morou em sete países e aprendeu outros idiomas. Ela ainda chegou a posar para a revista "Playboy" em 2017.

Hoje, aos 38 anos, ela acumula a experiência na cobertura de automobilismo para o canal Fox Sports, por três anos, e em outros projetos. Ela foi a primeira latinoamericana a participar de uma transmissão do WRC (Mundial de Rally) em inglês e, em 2023, tornou-se a única representante da imprensa do Brasil presente na cobertura do Rally Dakar, na Arábia Saudita.

Carreira no jornalismo esportivo enfrentou barreiras. Ao UOL no ano passado, ela contou como foi o começo da carreira. "Na minha primeira experiência no jornalismo esportivo encontrei pessoas não muito legais, mas diria que 90% sempre me trataram bem. Mas existem comentários... O maior preconceito era por eu ter um background de modelo. E me ligavam muito à imagem do meu pai." Leticia também se disse orgulhosa de Datena, mas não se compara a ele.

A importância do meu pai na minha carreira, e da minha mãe [Mirtes Wiermann], que também é jornalista, é que eles me deram muitos conselhos, ainda mais quando fui trabalhar com vídeo. Por exemplo: meu pai me criticou bastante no começo, falou que eu usava muito as mãos para falar, que eu tinha que ter uma comunicação mais limpa no vídeo. Então eles foram me ajudando e podando como qualquer pai e mãe fariam com seus filhos.
Leticia Datena

Leticia Datena ainda foi casada por um ano, entre 2018 e 2019, com o empresário chileno Rodrigo Norambuena.

O embate Marçal x Datena

José Luiz Datena se irritou com comentários realizados por Marçal que o acusava de ser um "jack". O termo é utilizado dentro de presídios para descrever um abusador sexual —e era uma referência à uma denúncia de assédio realizada por uma ex-jornalista da Band contra o apresentador em 2019.

Marçal chamou o apresentador de "arregão" ao relatar que Datena já teria tentado lhe bater anteriormente. Ele ainda insinuou que o jornalista não teria coragem de agredi-lo, momento em que Datena pegou a cadeira do estúdio e lançou contra o candidato.