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TV: Justiça bloqueou R$ 20 mi, bens e imóveis de empresa de Gusttavo Lima

do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

08/09/2024 21h13Atualizada em 09/09/2024 13h43

A Balada Eventos e Produções Limitada, empresa do cantor Gusttavo Lima, se tornou alvo da Justiça por suspeitas de lavagem de dinheiro no âmbito da mesma operação que prendeu Deolane Bezerra na quarta-feira (4). As informações são do Fantástico, da TV Globo, deste domingo (8).

O que aconteceu

Justiça bloqueou R$ 20 milhões da empresa de Gusttavo Lima, além do sequestro de todos os imóveis e embarcações que estão em nome da Balada. Segundo o Fantástico, a empresa do cantor sertanejo seria usada no esquema criminoso de lavagem de dinheiro de apostas ilegais com empresas de um homem identificado como José da Rocha Neto.

Rocha Neto é dono da empresa Vai de Bet, que tem Lima como garoto-propaganda. A Justiça determinou a prisão de Rocha Neto, que é considerado foragido. No período em que foi deflagrada a operação, o empresário estava na Grécia para comemorar o aniversário do sertanejo.

Empresa de Rocha Neto foi quem comprou avião de Gusttavo Lima apreendido durante a operação da semana passada. Ainda segundo o Fantástico, a Anac (Agência Nacional de Aviação) confirmou que a aeronave está no nome do sertanejo, mas "em processo de transferência" para a empresa JMJ Participações LTDA, pertencente a Rocha Neto.

Defesa de Gusttavo Lima negou quaisquer irregularidades. Ao Fantástico, os advogados do cantor informaram, por meio de nota, que a Balada esclarece que o avião apreendido foi vendido, seguiu "todas as normas legais e isso está sendo devidamente provado para a autoridade policial e o poder judiciário".

Advogados disseram que Lima "mantém apenas contrato de uso de imagem em prol da marca Vai de Bet, que a Balada e Gusttavo não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro". A nota ressalta que a "Balada é uma empresa que gerencia a carreira artística de Gusttavo Lima e que sempre prezou pelo cumprimento das leis e da ordem pública, que jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país" e, ainda, que "a Balada irá se manifestar nos autos, apresentando os documentos pertinentes para ser esclarecido definitivamente que não há qualquer envolvimento com o objeto da operação deflagrada pela polícia".

Após a matéria do Fantástico, Gusttavo Lima afirmou ser alvo de "injustiça". Nos stories de seu perfil no Instagram, o artista alegou que não vai permitir "fake news" associadas ao seu nome e disse ter havido "excesso" da Justiça em associar seu nome e sua empresa ao suposto esquema de lavagem de dinheiro.

Justiça também bloqueou R$ 35 milhões das contas de Rocha Neto e mais R$ 160 milhões de suas empresas. A defesa do empresário negou irregularidades e afirmou que o patrimônio dele é declarado e regulado.

Operação Integration

Investigação denominada "Integration" começou em abril de 2023. Operação que prendeu Deolane e bloqueou valores da empresa de Gusttavo tem como objetivo identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

Polícia Civil cumpriu mandados de prisão, de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e valores, bloqueio judicial de ativos financeiros e outras medidas cautelares diversas de prisão. Todos expedidos pelo juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca do Recife.

Justiça determinou bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões e a prisão do dono da Bet Esportes da Sorte. Os investigados também devem entregar passaportes e, se for o caso, terão o porte de arma suspenso.

Além de avião, a polícia apreendeu um helicóptero, carros de luxo e dinheiro vivo, incluindo dólares e euros, além de dezenas de joias.

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