Habeas corpus de Deolane Bezerra não foi julgado; ela continua presa
São Paulo
07/09/2024 13h54
A influenciadora Deolane Bezerra, presa na quarta-feira (4), durante a operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco que mira uma organização criminosa suspeita de envolvimento em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, permanece detida na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), na região metropolitana.
O que aconteceu
A confirmação foi feita neste sábado (7) pelo advogado Carlos André Dantas, que faz parte da equipe de defesa dela. Ele negou a informação de que Deolane teria deixado a prisão na sexta-feira (6). Conforme Dantas, há um conflito de competência entre câmaras criminais do Tribunal de Justiça de Pernambuco para julgar o habeas corpus impetrado pela defesa, em razão de outro pedido ingressado anteriormente por um advogado do Paraná.
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Estava aguardando no TJPE informações sobre o habeas corpus, solicitado pela equipe de advogados da família da Dra. Deolane Bezerra. Diligenciei na diretoria criminal e me informaram que houve conflito de competência entre as câmaras criminais do Tribunal, em razão da competência causada pelo primeiro HC protocolado, impetrado por um advogado estranho à equipe de advogados da Dra. Deolane, o qual pediu desistência logo após, mas, mesmo assim fixou aquela câmara como a competente para julgar o habeas corpus.
De acordo com o advogado, o pedido impetrado pela defesa da influenciadora ainda aguarda julgamento.
Por meio das redes sociais, Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, também fez uma publicação comentando sobre o conflito de competência. "Meu povo, o HC (habeas corpus) da minha irmã não foi julgado pelo conflito de competência que houve no tribunal, e precisou ser redistribuído para o juiz competente para poder fazer o julgamento desse habeas corpus", disse ela.
Operação teve carros de luxo e aeronaves apreendidos
Influenciadora e a mãe, Solange Alves, foram presas preventivamente, na quarta-feira (4), durante uma operação contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. "As bets eram usadas na lavagem do dinheiro oriundo desse ramo ilegal de jogos", disse o delegado responsável, em coletiva de imprensa.
Investigação denominada "Integration" começou em dezembro de 2022 e tem o objetivo de identificar e desarticular a organização criminosa. A Justiça também determinou o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.
Os mandados foram cumpridos no Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Todos eles foram expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca da capital pernambucana.
Deolane publicou uma carta de próprio punho, em que se defendeu das acusações. "Estou passando aqui para tranquilizá-los e afirmar mais uma vez que estou sofrendo uma grande injustiça. É notório o preconceito e a perseguição contra minha pessoa e minha família, mas isso tudo servirá para provar mais uma vez para todos vocês que não pratico e nunca pratiquei crimes", escreveu.