Banda queridinha do indie nacional, O Terno fez sua despedida em grande estilo no Brasil, encerrando o primeiro dia do Coala Festival 2024. Será que é o último show mesmo? Talvez não.
Tim Bernardes, Gabriel d'Almeida e Biel Basile deixaram a porta aberta para mais despedidas no futuro. Mas o que importa é que o trio, que conquistou uma legião de fãs ao longo da última década, deu um show memorável para quem aguardou pacientemente desde cedo — desde o primeiro show do festival já tinha fãs na grade guardando lugar.
O público foi uniformizado com camiseta, moletom, meia, ecobag ou qualquer outro produto do merchan da banda. E é provável que não tenha se decepcionado com a banda do coração, porque eles fizeram um showzão, como já era de se esperar. Já que a banda saiu em uma enorme turnê nacional e internacional neste ano — que terminará com show no Japão.
Não teve mistério no repertório, é aquilo que vimos na apresentação deles em março em São Paulo, um mix das músicas de seus quatro álbuns. A não ser pela brincadeirinha de Tim Bernardes fingindo que ia tocar Oasis — a banda inglesa dos problemáticos (e chatos) irmãos Gallagher anunciou retorno e movimentou as redes e noticiários.
O show do festival teve uma pegada bem rock, mais pesado que os outros, por causa do formato e da disposição do espaço. Em geral, Tim Bernardes, o vocalista, se reveza entre a guitarra e o piano, mas ali não havia piano, nem de cauda, nem elétrico.
A luz dramática do palco, o nome da artista é Olívia Munhoz, acentuava o clima e é preciso destacar também o som impecável feito por Gui Jesus Toledo, um dos sócios do Selo Risco e dono do Estúdio Canoa.
Aí você pode falar: "Ai, Pérola, mas que importância tem isso?". Olha, como rata de show que sou, faz toda a diferença, e no Coala de ontem também fez, porque o som teve lá seus tropeços no show de Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes, com uma estralada, e na microfonia aguda que rolou no show do grupo Boca Livre.
E vamos falar do figurino? Foi comentadíssimo na plateia e dividiu opiniões. Cada um dos três integrantes vestia uma das cores que formam a capa do disco "", vermelho (Bielzinho), amarelo (Guilherme) e azul (Tim), enquanto o resto da banda usava apenas branco. Mas Tim não usou uma mera camisa azul e calça branca, como seus parceiros.
Ele usou uma espécie de bata, alguns chamaram de vestido, bordada com nuvenzinhas (ou ondinhas?) e uma estampa de veleiros na frete. Além de ter chamado atenção, o figurino caiu bem na figura do vocalista, que tem um ar meio cultura hippie Califórnia anos 1970 etc. e tal.
A banda foi ovacionada, não tem o que falar sobre O Terno, que deixou seus fãs órfãos cantando a capela, ali no enorme descampado do Memorial da América Latina, "Melhor do que parece", que diz: "Tudo está melhor do que parece / Eu olho e vejo tudo errado / Faz tempo que está tudo certo". Hasta luego, chicos. Apareçam logo pelos palcos, em grupo ou solo.
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