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Jacqueline Sato retorna às novelas em meio à carreira de apresentadora

Yuki (Jacqueline Sato) em "Volta por Cima" - Manoella Mello/Globo
Yuki (Jacqueline Sato) em 'Volta por Cima' Imagem: Manoella Mello/Globo
do UOL

Bruno Silvano

Colaboração para Splash, em São Paulo

05/09/2024 19h00

Jacqueline Sato, 35, está no elenco de "Volta por Cima", próxima novela das sete da Globo, no momento em que acabou de lançar a primeira temporada de Mulheres Asiáticas, programa produzido, roteirizado e apresentado por ela. Splash bateu um papo com a multiartista e também teve acesso com exclusividade à primeira foto de Yuki, a personagem da atriz no folhetim global.

Yuki em 'Volta por Cima'

Na próxima trama das sete, que estreia dia 30 de setembro, Jacqueline viverá Yuki, a secretária de Silvia Pires Sabóia (Lellê). Mulher jovem, bonita, ética e inteligente, ela se mete em uma fria quando se apaixona pelo cara errado.

A Yuki é uma mulher de negócios, muito prática, muito observadora e ágil. Resolvedora mesmo, sabe? Elegantérrima, tanto na aparência quanto no seu modo de agir no mundo. Braço direito da Silvinha, interpretada por Lellê. Elas formam uma dupla não óbvia, que se complementa de uma forma eficaz e divertida. Além de trabalharem juntas, têm uma amizade muito gostosa. Entre os muitos negócios que elas tocam juntas, há uma academia, que é onde elas vão se concentrar neste momento.
Jacqueline Sato

Yuki (Jacqueline Sato) em 'Volta por Cima' - Manoella Mello/Globo - Manoella Mello/Globo
Yuki (Jacqueline Sato) em 'Volta por Cima'
Imagem: Manoella Mello/Globo

A atriz também destaca a troca com Betty Faria, que viverá Belisa, mulher de uma família tradicional carioca que não pode mais ostentar a vida de luxo que tinha. "Elas ajudam a Belisa (Betty Faria) a se tornar uma influencer. Estou me divertindo demais, e é uma honra gigantesca contracenar com Betty. No âmbito pessoal, Yuki carrega algumas cicatrizes de relacionamentos amorosos abusivos do passado. Mas, por enquanto, acredito que isso seja o máximo que posso abrir, senão começo a entregar demais a trama".

Esse é o retorno de Jacqueline à Globo após seis anos. Seu último trabalho na emissora foi na novela "Orgulho e Paixão", em 2018. "Estava com saudades! Estou realmente muito feliz! Amo meu ofício como atriz. Teve momentos, enquanto eu estava sendo mais produtora nos últimos tempos, por conta do programa Mulheres Asiáticas, que pensei: 'meu Deus, espero que o mercado não interprete que agora eu sou só produtora e não mais atriz'. Porque cheguei a cruzar com pessoas em eventos que estavam achando isso, e eu disse: 'Não, pelo amor de Deus, jamais deixarei de ser atriz. É minha primeira paixão'".

A próxima novela das sete reúne um casal de protagonistas negros, interpretados por Jéssica Ellen e Fabrício Boliveira, mas Sato destaca a importância de termos pela primeira vez uma novela que reúne pessoas amarelas, de três ascendências diferentes. "Japonesa, chinesa e coreana, em núcleos diferentes, com histórias independentes e que parecem todas terem trajetórias super interessantes. Espero, de verdade, que ela imprima um impacto positivo em relação à representatividade tanto de nós, amarelos, quanto de pessoas pretas.

É se sentir fazendo a coisa certa, na hora certa, no lugar certo. Como é bom fazer parte de projetos com os quais há um alinhamento de visão de mundo, daquilo que é importante e urgente na sociedade. A novela está realizando isto com uma maestria e delicadeza admiráveis. Desejo que tenha todo o impacto positivo que nós, da equipe, vislumbramos.
Jacqueline Sato

O programa Mulheres Asiáticas

Jacqueline Sato é apresentadora, roteirista e produtora do programa Mulheres Asiáticas, exibido às quintas-feiras, às 23h, no E! Entertainment. Os episódios também estão disponíveis na plataforma de streaming Universal+.

Eu criei o formato que combina documentário, talk show e reality show. Foi minha primeira criação. Lembro de me preparar para o pitch toda nervosa, torcendo muito para que fizesse sentido pra eles também, que gostassem, e que pudesse deixar de ser apenas uma ideia para se tornar realidade. Olhando pra trás, hoje, me passa um filme de cada etapa: desde a ideia, sozinha, até colocar no papel e começar a ter coragem de falar para as pessoas.
Jacqueline Sato

Na noite de quinta-feira (5), irá ao ar o último episódio da temporada, no qual a apresentadora receberá Gabriela Chibana, atleta de judô que nos representou nas Olimpíadas de Tóquio, enfermeira e sargenta do Exército; e Teodora Oshima, modelo e estilista, reconhecida por ser a primeira mulher trans a ter uma marca de sucesso a ser parte do universo do luxo. "Ver Teodora lutando e Gabriela desenhando e costurando pela primeira vez é bonito demais. São experiências que, talvez, elas jamais vivessem, não fosse o programa. E perceber o quão importante foi para cada uma ter passado por isto é de expandir o coração e, de novo, valorizar a potência que existe quando mulheres se unem para realizarem algo juntas".

Em um dos episódios, a apresentadora recebe a atriz Ana Hikari que, em entrevista a Splash, contou como Jacqueline Sato foi importante em não fazê-la desistir da carreira de atriz, ao ver outra mulher amarela nas telas. "Eu me arrepiei toda e foi impossível conter as lágrimas quando ela me contou isto! Aliás, essa história está no episódio 5 [...] Eu me emociono sempre que fico sabendo de uma história como esta. E o que é muito bonito na nossa série é que há, na hora do talk, um encadeamento do quão potente é a representatividade".

Sato passou por uma experiência parecida ao ter Danni Suzuki como referência na carreira artística. "Quando estava em dúvida se deveria iniciar os estudos para ser atriz ou não, afinal, nunca tinha visto nenhuma atriz amarela na TV brasileira até então. Eis que surge Danni [Suzuki], e aquilo também foi uma injeção de esperança. Se existe uma, o sonho impossível começa a parecer um pouco mais possível. E como é importante que possamos sonhar e acreditar. Poder se imaginar nestes espaços é um primeiro passo. Sei que muita gente desiste ou nem tenta por entender que quase não há oportunidades, e isto é muito triste. Por isso precisamos de mais corpos como os nossos, em papeis que tenham relevância e possam gerar identificação.

Veja bem como foi esse encadeamento: eu vendo Danni e tendo coragem de dar os primeiros passos, Ana me vendo e tendo esperança e coragem de persistir e estamos aqui falando só de 3 mulheres amarelas. E nós três somos umas das poucas que têm conseguido trilhar carreiras tendo algum destaque nestes grandes veículos. Imagina se tivéssemos a presença de mais? Quantos desdobramentos, quantas pessoas transformadas não teríamos?
Jacqueline Sato

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