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Peter Weir, diretor de "O Show de Truman", ganha prêmio e aconselha cineastas a se desconectarem

02/09/2024 12h20

Por Crispian Balmer

VENEZA (Reuters) - Peter Weir, o diretor australiano de "O Show de Truman", "Gallipoli" e "Sociedade dos Poetas Mortos", recebeu o prêmio pelo conjunto da obra no Festival de Cinema de Veneza nesta segunda-feira e aconselhou os jovens cineastas a se desconectarem para progredir.

Weir, 80 anos, fez sua estreia internacional com o clássico artístico de 1975 "Piquenique na Montanha Misteriosa", antes de trabalhar em Hollywood com "A Testemunha", estrelado por Harrison Ford, "Green Card - Passaporte para o Amor", com Andie MacDowell, e outros sucessos.

Ele recebeu um Oscar honorário em 2022 e confirmou no início deste ano que estava se aposentando da direção. Falando a repórteres em Veneza, ele disse que os aspirantes a diretores precisam voltar ao básico e fugir do barulho da vida moderna.

"Para começar hoje, eu diria para não pegarem nem uma câmera. Eu pegaria um lápis e um papel... Eu praticaria como em um ginásio, exercitando aqui, não os músculos, mas os músculos mentais. Somos capazes de fazer coisas extraordinárias aqui dentro", disse, em uma entrevista coletiva, apontando para sua cabeça.

"Desconecte-se, afaste-se do excesso de informações, vá para um lugar tranquilo e para o campo, vá trabalhar em um navio mercante."

Apesar de conselho de prontidão, Weir disse que não quer ser mentor de aspirantes a diretores. "Não, deve ser solitário. É uma estrada solitária. Você tem que viajar sozinho."

Para homenagear Weir, Veneza exibiu seu filme de 2003, o épico marítimo "Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo", com Russell Crowe no papel principal.

(Reportagem de Crispian Balmer)

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