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Rito judaico e sem ostentação: o que sabemos do enterro de Silvio Santos

Silvio Santos não quis verlório - Erasmo Coelho/SBT
Silvio Santos não quis verlório Imagem: Erasmo Coelho/SBT
do UOL

De Splash, em São Paulo

18/08/2024 05h30

Silvio Santos morreu aos 93 anos, e terá enterro que respeitará os ritos judaicos. Ele será enterrado neste domingo (18) no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.

O que sabemos

A família do apresentador comunicou que ele desejava ser sepultado seguindo o rito judaico e que seu corpo fosse levado diretamente ao cemitério. Por essa razão, não haverá velório. "Ele pediu para que, assim que ele partisse, levássemos ele direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que ele viveu", diz a carta da família, lida no SBT.

Na tradição judaica, o enterro do corpo é feito sem ostentação. Segundo a Congregação Israelita Paulista, o objetivo é "frisar a igualdade de todos os seres humanos em sua morada final". Assim, o enterro ocorre sem ostentação, enfeites ou flores.

Os judeus não cultuam os mortos. Ainda conforme a CIP, os rabinos temiam a tendência humana de cultuar os mortos. Assim, para evitar a idolatria, o local do sepultamento de Moisés é desconhecido.

Não há o costume de exibição do morto em caixão aberto. Pela tradição judaica, a exibição do morto é considerada um "desrespeito ao falecido", conforme cartilha do Cemitério Israelita de São Paulo. Assim que a morte é constatada, o corpo deve ser coberto por um lençol.

O corpo é sepultado com uma mortalha branca e simples. Outra tradição é a de lavar o corpo antes do enterro. O ritual simboliza a purificação e uma homenagem prestada ao falecido.

Pelo judaísmo, o corpo deve ser sepultado quanto antes. Se possível, o enterro deve ocorrer no mesmo dia da morte. Há exceção para o dia do Shabat, quando não se deve realizar o enterro (o shabat vai do pôr do sol da sexta-feira ao pôr do sol do sábado). Para a tradição judaica, adiar o sepultamento é visto como um desrespeito com o morto, ao acreditarem que a alma só descansa depois que o corpo é enterrado.

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