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Viaje sem sair de casa: Explore o mundo com nossas cinco dicas de livros

Michel Houellebecq, objeto da obra de Juremir Machado da Silva, e os autores Lucy Foley e William Finnegan - Arquivo / Divulgação / Penguim Random House
Michel Houellebecq, objeto da obra de Juremir Machado da Silva, e os autores Lucy Foley e William Finnegan Imagem: Arquivo / Divulgação / Penguim Random House
do UOL

De Splash, em São Paulo

28/07/2024 04h00

Vai passar o final de semana em casa, mas queria mesmo estar viajando? Sem problemas! O colunista Rodrigo Casarin e as repórteres Fernanda Talarico e Luiza Stevanatto, de Splash, trazem cinco dicas de livros que falam sobre viagem.

Entre histórias verdadeiras de viagem, há também um livro de mistério para quem, além de viajar, quer dar uma "escapadinha" da realidade. Confira:

"Um Escritor no Fim do Mundo", de Juremir Machado da Silva (Record)

Rodrigo Casarin - Michel Houellebecq é um dos escritores mais importantes e controversos do mundo. Em 2007, o jornalista Juremir Machado da Silva, tradutor dos primeiros livros do francês publicados por aqui, teve a oportunidade de acompanhar o sujeito numa viagem por Buenos Aires e pelo sul da Argentina. Os dias ao lado do enfant terrible renderam "Um Escritor no Fim do Mundo".

É uma narrativa de viagem centrada principalmente na difícil convivência de Juremir com o seu ciceroneado. Não parece ser fácil passar os dias viajando ao lado de Houellebecq, sujeito arrogante, eurocentrista, sedento por sexo, que alterna momentos falastrões que rendem, apesar de tudo, boas conversas com fases em que se comunica apenas por resmungos. É uma oportunidade para dar um rolê com um dos escritores mais odiáveis e indispensáveis de nosso tempo.

A Última Festa", de Lucy Foley (Intrínseca)

Fernanda Talarico - Amigos viajam para um lugar afastado para passar as festas de fim de ano. Tudo parece bem, até que uma pessoa aparece morta. Impossível largar este livro, pois ele te prende do começo ao fim com um mistério que vai além de um simples "quem matou?". Esta obra também é ótima para os fãs da boa e velha fofoca.

"Mas Você Vai Sozinha?", de Gaía Passarelli (Globo)

Rodrigo Casarin - Gaía foi VJ da MTV, já colaborou com importantes veículos jornalísticos e hoje toca uma das newsletters mais conhecidas do país: a Tá Todo Mundo Tentando, que acaba de render um livro de crônicas. A escrita sobre viagens é parte importante da caminhada da jornalista e escritora.

Tanto que o primeiro livro de Gaía nasce de suas andanças pelo mundo. "Mas Você Vai Sozinha?" tem um foco original e inspirador: mostrar como mulheres podem, sim, viajar por aí sem ter uma companhia ao seu lado. São conselhos, reflexões e relatos que despontam em meio a cenários como prédios de Nova York, praias do sul da Índia e montanhas cheias de mistérios da Cordilheira dos Andes.

"Dias Bárbaros: Uma vida no surf" (Edições 70)

Luiza Stevanatto - Você não precisa gostar de surfe para gostar desse livro. Se você gosta de surfe, melhor ainda! Nessa autobiografia, o jornalista William Finnegan costura sua paixão pelo esporte, viagens pelo mundo e a história de sua vida.

Entre uma onda e outra, Finnegan reflete sobre temas como família, relacionamentos e carreira. Seu olhar quase antropológico leva o leitor para lugares como Tonga, Havaí e África do Sul. Nos trechos sobre surfe, é quase como se você estivesse sentado na beira da prancha. O livro ganhou o Prêmio Pulitzer de Biografia em 2016.

"Até o Fim do Mundo", de Paul Theroux (Objetiva, tradução de Paulo Afonso)

Rodrigo Casarin - Na infância que Paul Theroux ficou fascinado pelos trens e decidiu que daria preferência a esse meio de transporte para sair dos Estados Unidos e conhecer o mundo. Escrevendo sobre o que vê, o que experimenta e com quem convive em suas andanças, que se tornou um dos escritores de viagem mais respeitados da atualidade. São diversos os livros de Theroux que valem a pena.

Espécie de coletânea de momentos memoráveis, "Até o Fim do Mundo" reúne passagens de viagens de Theroux que renderam livros diferentes. Boa porta de entrada a essa faceta da obra do autor, que também é ficcionista, estão ali momentos vividos no sudeste asiático, na América Central, na extinta Iugoslávia, na China. Emblemático, especialmente pela forma como o racismo do gênio se desvela, é o encontro com Jorge Luis Borges em Buenos Aires.

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