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Sinais de asfixia: suspeito de matar esposa, personal vira réu após 4 anos

André Reis Villela virou por suspeita de assassinar a então esposa, a médica Sabrina Nominato - Arquivo pessoal
André Reis Villela virou por suspeita de assassinar a então esposa, a médica Sabrina Nominato Imagem: Arquivo pessoal
do UOL

De Universa, em São Paulo

23/07/2024 14h31

O personal trainer André Reis Villela, de 44 anos, virou réu por suspeita de assassinar a então esposa, a médica Sabrina Nominato encontrada morta aos 37 anos em 2020, em Brasília.

A denúncia foi aceita nesta segunda-feira (22) e apresentada na última semana pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios). Segundo o documento, o marido era o único beneficiários do seguro de vida no valor de R$ 500 mil, assinado por ela meses antes.

O que aconteceu

Sabrina Nominato foi encontrada morta em 10 de outubro de 2020. O marido alega que chegou em casa depois do trabalho, após às 14h, e a encontrou sem vida. Uma equipe do Samu foi chamada e confirmou o óbito.

A médica tinha sinais de asfixia. Laudos descartaram a suposição inicial de que ela poderia ter morrido pela combinação de bebidas alcoólicas e remédios indutores do sono, que usava para tratar insônia, e sufocamento acidental. O casal foi ao aniversário de uma amiga na noite anterior à morte de Sabrina, onde ela bebeu.

André tinha arranhões no pescoço, material genético encontrado nas unhas de Sabrina, de acordo com um lado do IML (Instituto Médico Legal). Testemunhas também disseram que o relacionamento de seis anos era "permeado por violência física e psicológica perpetrada por André".

Laudos apontaram que Sabrina morreu quando André ainda estava em casa. O exame de corpo de delito, feito pelo IML, indicou que a médica morreu às 7h50, antes de o marido sair para trabalhar —às 8h, segundo ele alegou em depoimento.

André mudou versão nos depoimentos. O personal trainer também se contradisse ao falar que não arrumou a cama ao sair de casa, mas a perícia atestou mudanças nas posições dos travesseiros, lençol e colcha.

Denúncia alega que benefícios financeiros a André após o crime. A médica assinou um acordo de seguro de vida em agosto de 2020, dois meses antes de morrer. Também solicitou um empréstimo bancário de R$ 200 mil na mesma data. Por fim, a família de Sabrina pede indenização no valor de R$ 2 milhões "em reparação aos danos causados".

O crime foi praticado com emprego de recurso que dificultou a defesa da ofendida, eis que o denunciado aguardou a vítima ingerir os medicamentos para tratamento da insônia, para sufocá-la enquanto dormia. Trecho da denúncia

O juiz Paulo Rogério Santos Giordano pediu investigação sobre os valores recebidos por André. Além de receber a denúncia, magistrado indicou apuração sobre pensão por morte e seguro de vida que poderiam ter beneficiado o personal trainer.

O que dizem as partes envolvidas

Defesa de Sabrina está confiante. "Nós estamos confiantes de que esse processo perante o júri será positivo e que ele será condenado pelo crime de homicídio", afirmou a advogada Sofia Coelho, que representa a família de Sabrina Nominato.

Defesa de André não quis de pronunciar. Procurado por Universa, o advogado de André disse que vai se pronunciar apenas nos autos do processo —o prazo é de 10 dias.

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