Topo
Entretenimento

Cissa Guimarães: 'Estou por aí, beijando na boca e cheia de tesão'

Cissa Guimarães é a atual apresentadora do programa Sem Censura - Divulgação
Cissa Guimarães é a atual apresentadora do programa Sem Censura Imagem: Divulgação
do UOL

Colaboração para Splash

22/07/2024 10h38

Cissa Guimarães, 67, vive excelente fase pessoal e profissional. Ela concilia a apresentação do Sem Censura (TV Brasil) com as apresentações da peça "Doidas e Santas", que está em cartaz no Rio de Janeiro, em comemoração aos dez anos de sua primeira encenação.

O que aconteceu

Cissa entende que o mundo evoluiu muito desde o lançamento original de "Doidas e Santas" - e se alegra de haver acompanhado essa evolução. "Quando a gente idealizou a peça, eu ia fazer 50 anos. Há 20 anos, uma mulher de 50 anos era uma senhorinha. Agora, tenho 67. A mulher de 60 hoje é a de 50 de 10 anos atrás. Tô aí, fazendo teatro, o Sem Censura, beijando na boca, cheia de desejo - não só a libido sexual, mas tesão, pulsão de vida, de que Freud tanto falava", contou ela, em entrevista ao jornal O Globo.

A atriz e jornalista entende que o espetáculo reflete - e discute - essa emancipação feminina. "Beatriz, minha personagem, está casada há 40 anos. Tem o trabalho dela, maz o marido nunca lhe diz 'eu te amo'. Ela tem uma vida sexual espaçada. Não se sente amada e suporta isso. Aquela coisa: 'Sou casada, tenho um homem para chamar de meu, filhos, trabalho... Tá tudo certo'. Às vezes, não está. Hoje mulheres se submetem menos a padrões culturais de status de relacionamento pelo rótulo, por imposições da sociedade. Conquistamos espaços, mas falta muito. [Ainda] há muitas mulheres submissas."

Ela admite se identificar com a busca da personagem que interpreta na peça. "Me identifico com a Beatriz na luta por felicidade. Tive três casamentos. Quando não me sentia amada, via que não estávamos felizes, 'acabou, tchau!' A Beatriz demorou mais tempo. Tem uma hora em que pergunto: 'Qual foi a última vez que você deu uma boa gargalhada?' O público fica em silêncio. Hoje, não temos tempo para nada. Leva filho na escola, vai para o trabalho, faz sexo burocrático e janta olhando o celular. Essa pergunta fala sobre valorizar o simples."

Entretenimento