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Organizador de 'vaquinha' diz ter acreditado que Nego Di doou R$ 1 milhão

O humorista Eduardo Christ foi o responsável pela Vakinha para a qual Nego Di teria doado R$ 1 milhão - Reprodução
O humorista Eduardo Christ foi o responsável pela Vakinha para a qual Nego Di teria doado R$ 1 milhão Imagem: Reprodução
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

21/07/2024 18h17

O humorista Eduardo Christ, 31, conhecido como Badin, o Colono, responsável por organizar a vaquinha para a qual Nego Di supostamente teria doado R$ 1 milhão em prol das vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul, disse ter acreditado que o ex-bbb de fato teria doado o valor milionário.

O que aconteceu

Badin se explicou após vir à tona a notícia de que Nego Di teria doado R$ 100 e não R$ 1 milhão como ele havia anunciado na época. Em vídeo, o humorista alegou que Di teria ajudado na divulgação da vaquinha durante as enchentes e que, um dia, ele o procurou falando sobre o desejo de doar R$ 1 milhão.

Humorista diz ter ficado contente com a suposta doação de Nego Di. "Ele me chamou e falou: 'cara, quero doar R$ 1 milhão pra vaquinha'. Eu falei: 'maravilhoso, perfeito'. Meu Deus, por que eu vou negar uma doação? Falei: 'cara, mete bala'", declarou.

Segundo Badin, Di teria dito que "um pessoal" doaria o valor milionário direto para a vaquinha, e que esse montante entraria em partes. "Aí ele me mandou aquele comprovante lá, eu postei e agradeci porque eu tava feliz mesmo, porque ia entrar uma doação de R$ 1 milhão", justificou.

Badin ressaltou que não conseguiu monitorar cada doação que entrava devido o volume de doações. "Teve dias que foram mais de R$ 10 milhoes na vaquinha. Eu não tinha como ficar acompanhando se o que ele havia falado que seria feito entrou ou não".

Ele também afirmou que apenas intermediava as doações, que foram administradas pelo Instituto Vakinha. "As demandas chegavam até mim, eu repassava para eles, e eles destinavam. Não tinha como eu saber se a doação dele entrou ou não".

Entenda o caso

Nego Di está preso desde a semana passada por suspeita de estelionato. Segundo informações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o ex-bbb teria lesado financeiramente pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual que pertenceria a ele.

A investigação apontou que os produtos nunca foram entregues aos compradores. A movimentação financeira teria ultrapassado a marca de R$ 5 milhões, em 2022, segundo a Polícia Civil.

A defesa do influenciador disse que está "tomando todas as medidas legais cabíveis". "Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário", disse a defesa, em nota.

O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.
Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula, advogados de Nego Di

A defesa também pediu à mídia e ao público "que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso". "Qualquer divulgação precipitada pode pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade".

Durante a operação contra Nego Di, foi descoberto a farsa na suposta doação milionária que ele teria feito. Segundo a Band, o Ministério Público estadual apontou que o famoso teria doado R$ 100 e não R$ 1 milhão, conforme ele amplamente divulgou na época das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

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