Roger Waters diz estar disposto a ajudar a financiar WikiLeaks e espera que Assange retorne
Por Marie-Louise Gumuchian
LONDRES (Reuters) - O músico Roger Waters disse que espera que Julian Assange, agora livre, possa um dia retomar seu trabalho no WikiLeaks, se assim o desejar, e que está disposto a ajudar a financiar a organização de mídia.
O cofundador do Pink Floyd, que há muito tempo pedia a libertação do editor australiano de uma prisão no Reino Unido, afirmou à Reuters que havia trocado mensagens de "suspiros de alívio" com a esposa de Assange, Stella, desde que ele chegou a Camberra na semana passada.
Waters também visitou Assange na prisão no ano passado com Stella e o ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis.
Assange desembarcou na Austrália depois de se declarar culpado de violar a lei de espionagem dos Estados Unidos em um acordo que o liberta de uma batalha legal de 14 anos. Waters disse que Assange estava agora "em algum lugar secreto" com sua família.
"Se ele pudesse (voltar ao WikiLeaks) e se isso estivesse em seu coração e se fosse o que ele quisesse fazer, tenho certeza de que ele teria coragem de fazê-lo", declarou Waters em entrevista. "Isso ainda está para ser visto."
Perguntado se Assange estaria em condições de fazer isso, Waters disse: "Você teria de perguntar a Julian... mas espero que sim. Estou fazendo figa. Mas, principalmente, espero... que ele veja seus filhos crescerem e que eles possam conversar com o pai."
Stella Assange afirmou que era muito cedo para dizer o que seu marido faria em seguida e que ele precisava de tempo para se recuperar e "se acostumar com a liberdade". Assange não se pronunciou publicamente desde que foi libertado.
O WikiLeaks lista várias organizações internacionais de mídia entre seus co-editores, parceiros de pesquisa e financiadores. Também afirma que é uma organização sem fins lucrativos, financiada por doações públicas.
Perguntado se ele estaria disposto a ajudar a financiar o WikiLeaks, fundado por Assange em 2006, Waters disse: "Claro que sim. Quero dizer, não posso financiar tudo isso. Uma pessoa tem um orçamento limitado...Quero que eles encorajem os denunciantes de todos os lugares a ir até eles."
A Reuters entrou em contato com o WikiLeaks para comentar o assunto.
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