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Gal Costa: Polícia Civil conclui inquérito que apurava morte da cantora

Gal Costa moreu em 9 de novembro de 2022 - Lucas Lima/UOL
Gal Costa moreu em 9 de novembro de 2022 Imagem: Lucas Lima/UOL
do UOL

De Splash, em São Paulo

02/07/2024 12h00

A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investigava a causa da morte de Gal Costa.

O que aconteceu

Relatório final foi apresentado nesta segunda-feira (1º) sem indiciamentos. Polícia Civil buscava o esclarecimento da causa da morte, ocorrida em 9 de novembro de 2022, em São Paulo. O caso estava no 15º DP, do Itaim Bibi, na capital paulista, desde maio, e foi aberto após pedido do Tribunal de Justiça.

Documento foi encaminhado ao Ministério Público. Splash consultou o advogado Sérgio Bessa, especialista em direito penal do escritório Peixoto & Cury Advogados, para entender o que pode acontecer a partir de agora.

Uma vez relatado o inquérito, os autos são encaminhados para o Ministério Público, que, por sua vez, pode promover o arquivamento e aí, de fato, encerrar a investigação, ou, não convencido da suficiência da investigação, devolver o inquérito à delegacia. Sérgio Bessa, advogado

Exumação dos restos mortais de Gal foi solicitada para a realização de necropsia — que tem o objetivo de determinar a razão da morte de uma pessoa. Procedimento ainda não foi realizado, segundo apurou a reportagem com um funcionário do Cemitério da Ordem Terceira do Carmo. "Não foi feita nenhuma exumação depois que a Justiça recusou o pedido do filho dela."

Certidão de óbito apontou que a cantora morreu em decorrência de um infarto agudo no miocárdio. O documento também descreve como causa da morte uma neoplasia maligna [câncer] de cabeça e pescoço. A informação, no entanto, só veio a público meses após a morte da artista.

Procuradas por Splash, as defesas de Gabriel, filho único de Gal, e de Wilma Petrillo não retornaram até o momento. O espaço segue aberto.

Por que caso foi encaminhado à polícia

Gal Costa - Lucas Lima/UOL - Lucas Lima/UOL
Gal Costa morreu em 9 de novembro de 2022
Imagem: Lucas Lima/UOL

Justiça de São Paulo havia negado o pedido de exumação do corpo da cantora em abril. À época, a Vara de Registros Públicos apontou não ter autoridade para analisar o caso e, por isso, encaminhou o processo à polícia.

Primeira solicitação de exumação foi feita por Gabriel, filho único de Gal Costa. Ele contou ao Fantástico (Globo) o desejo de levar os restos mortais da mãe de São Paulo para o Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Gabriel dizia querer "ter certeza" da causa da morte da artista. "Eu só quero ter certeza que é realmente parada cardíaca, entendeu? Porque foi tudo muito repentino", disse o jovem, na mesma entrevista ao programa da Globo.

Sua família e seus fãs têm o direito de saber a verdade dos fatos. Cabe lembrar que o Samu já emitiu nota dizendo que não atestou a causa da morte, cabendo à médica que assina o óbito esclarecer as circunstâncias que a levaram a declarar 'infarto agudo do miocárdio' e 'linfoma de pescoço e cabeça'. Cabe, ainda, esclarecer porque o corpo não se submeteu ao exame de autópsia. Defesa de Gabriel, em nota enviada a Splash

À época, a defesa de Wilma disse que todo o prontuário médico de Gal está no hospital Albert Einstein. "As acusações de Gabriel para Wilma são muito sérias e ele terá que prová-las. Muito embora ele tenha dito em entrevista ao Fantástico que não desconfie de Wilma. Sendo assim e, tendo plena consciência do que, infelizmente, levou Gal a óbito, Wilma jamais vai se opor a qualquer investigação, muito pelo contrário", dizia a nota.

Briga na Justiça

Wilma Petrillo - Reprodução/Globoplay - Reprodução/Globoplay
Gabriel, filho de Gal Costa, e Wilma Petrillo
Imagem: Reprodução/Globoplay

Wilma foi nomeada inventariante dos bens deixados por Gal no segundo semestre de 2023. À época, Gabriel ficou sob a guarda temporária da empresária, porque ainda não havia completado 18 anos.

Mas agora, após atingir a maioridade, o filho de Gal reivindica o direito à herança deixada pela cantora. Ele contesta a fração pretendida pela ex-empresária da artista. O processo corre em segredo de justiça no TJ-SP.

Gabriel também recorreu à Justiça de SP para pedir a anulação de um documento em que reconhecia a união entre Wilma e Gal, quando tinha menos de 18 anos. A existência do processo foi confirmada à reportagem de Splash pela advogada do jovem.

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