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OPINIÃO

O que eu espero em 2024, além da esperança de uma novela das 9 boa?

Humberto Carrão no remake de "Renascer" - Divulgação/Globo
Humberto Carrão no remake de 'Renascer' Imagem: Divulgação/Globo
do UOL

Colunista de Splash

11/01/2024 04h00

Posso até ser chamada de antiga, mas o fato é que eu gosto muito de televisão. Pode ser aberta, fechada, streaming... E para mim, uma vida sem novela das 9 não tem graça. Portanto, minhas esperanças para o ano que acaba de começar incluem pelo menos uma novela muito boa. A última que fiquei dependente foi "Vai na Fé", novela das 7 com uma pegada evangélica, de funk e uma galera diversa. Gostei demais e assumo que aquelas pregações religiosas no final do dia me faziam muito bem, inclusive porque além-novelas, gosto também de religião, portanto tudo isso foi um prato cheio pra mim. Agora estou sonhando com a estreia de "Renascer". Tudo me leva a crer que pode virar um sucesso retumbante, assim como foi "Pantanal", não só de público e crítica como também na minha casa.

Essa rotina de todo dia às 9h30 da noite ficar grudada esperando o próximo capítulo faz parte da minha vida desde a adolescência e não vejo porque mudar. Gosto também de seriados, de séries, amo documentários e filmes que assisto no streaming, mas pra mim nada substitui a boa e velha novela das nove. Sempre fui muito fã de Gilberto Braga desde "Dancing Days ", mas minha primeira novela-paixão foi "Beto Rockefeller", de Bráulio Pedroso, de quem eu também era muito fã. Amei "O Rebu", também escrita por ele e bem mais moderna, e as de Gilberto Braga, em sequência, amei cada uma à sua maneira, as contemporâneas, quero dizer porque não gosto muito de novelas de época. Portanto, a chegada de "Renascer" me deixa ansiosa e feliz. Conversei um pouquinho com Bruno Luperi, neto do autor original Benedito Ruy Barbosa e que faz agora o mesmo trabalho de reescrever que fez brilhantemente em "Pantanal". Sobre essa expectativa, ele diz: "Quero continuar dialogando com um Brasil que é muito difícil de ser retratado. Quero trazer novas discussões que 30 anos atrás eram inimagináveis." Estou apostando num grande sucesso, com atores incríveis, referência na dramaturgia brasileira.

Mas meu mundo não se resume apenas às novelas: sou fã de documentários, shows, programas culturais, boas entrevistas, as séries que Pedro Bial está fazendo. Para o ano que começou agora eu gostaria de ver mais nos streamings da vida séries sobre jogadores de futebol emblemáticos — amaria ver uma sobre Cristiano Ronaldo, nos moldes dos Beckham. Um doc sobre a vida de Bruce Lee seria um sonho. Aguardo ansiosa também a terceira temporada de "White Lotus", já que a segunda foi melhor que a primeira e tudo leva a crer que a terceira será melhor que a segunda e que a primeira. Fico muito triste que não vai ter mais "Succession", aquela vida dos ricos, aquela disputa de poder e todas aquelas fraquezas de espírito.

Queria ter de volta Bruno Mars no Brasil e também um especial na TV com os Racionais MC's. Um programa bom sobre literatura, livros e autores, uma série bem feita, didática e cheia de ginga sobre o mundo do funk, esbarrando no baile Charme, ícone carioca que acontece debaixo do viaduto Madureira. Documentários como os de Leonardo Cohen, Joan Didion e Miles Davis. E apesar de eu gostar muito de cozinhar, por favor menos programas de culinária. Torço pela volta de Fábio Porchat e Emicida para o "Papo de segunda", será que isso é pedir demais? Que o "Altas horas" continue com muita música boa. E que o "Fantástico" seja — fantástico.

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