Quem era o diretor da Globo que morreu no sexo, segundo Paula Burlamaqui?

Em entrevista ao podcast Papagaio Falante, Paula Burlamaqui, 56, afirmou que o diretor da Globo Paulo Ubiratan morreu após ter um infarto enquanto transava com uma mulher.

Ubiratan trabalhou grandes obras da TV Globo entre os anos 70 e 90, como "Roque Santeiro" (1985) e "Pedra Sobre Pedra" (1992).

Paulo Ubiratan começou a carreira na televisão na Rede Tupi, em 1970, como coordenador de produção e assistente de direção nas novelas "Simplesmente Maria" (1970) e "Hospital" (1971).

Entrou na Globo ainda no início dos anos 70 como editor. Ao portal Memória Globo, Lima Duarte contou que Ubiratan se destacou na função e, por isso, foi alçado ao cargo de diretor. Em 1977, transformou 200 capítulos de "O Bem-Amado" em 60 às pressas, para substituir a novela "Despedida de Casado", censurada 15 dias antes de sua estreia.

Sua primeira novela como diretor foi a comédia "Feijão Maravilha" (1979) e daí em diante, esteve por trás da câmeras em vários sucessos de audiência: "Elas por Elas" (1982), "O Salvador da Pátria" (1989), "Tieta" (1989) , "Meu Bem, Meu Mal" (1990), "Fera Ferida" (1993) e "A Próxima Vítima" (1995).

O então galã Maurício Alves afirma que foi demitido da emissora por Ubiratan por "ciúmes" no final dos anos 80. "Ele tinha um caso com uma jornalista famosa, apresentadora. Aí eu e ela trocamos telefones. Ela chegou no Paulo e disse que eu tinha cantado ela. Não houve assédio nem nada. No dia que fui gravar a cena, meu nome estava cortado. Eu perguntei o porquê e o diretor me perguntou se eu não tinha cantado a mulher do homem [Paulo Ubiratan]. Eu disse que não. E naquela época eu não tinha como me defender", contou, em entrevista ao Domingo Show (RecordTV).

Paulo Ubiratan foi casado com a atriz Natália do Vale nos anos 80 e com a jornalista Valéria Monteiro, a quem Maurício se referiu, de 1989 a 1992. Ele também teve um relacionamento com a atriz Mônica Fraga, de 1992 a 1998.

Ele morreu aos 51 anos, em 29 de março de 1998, vítima de um infarto fulminante. No mês anterior, havia sido promovido ao cargo de diretor de criação da Central Globo de Produção, atual Estúdios Globo.

Seu último trabalho foi "Por Amor" (1998), novela das 21h protagonizada por Regina Duarte e Gabriela Duarte, mãe e filha. Foi substituído por Ricardo Waddington. À época, ele também supervisionava as equipes de "Era Uma Vez", novela das 18h, e "Corpo Dourado", das 19h.

A morte repentina chocou os colegas, já que, apesar de rigoroso, Ubiratan era querido nos bastidores da emissora.