'The Idol': o que esperar da série que mistura jovens, fama e pornografia
"The Idol" chega hoje à HBO Max e promete preencher o espaço vazio deixado por "Succession". A produção é criada por Sam Levinson, responsável pela polêmica "Euphoria".
A nova produção foca em um guru de autoajuda interpretado pelo cantor The Weeknd, que atrai uma jovem popstar em ascensão Jocelyn (Lily-Rose Depp), entrando em um submundo perigoso de Los Angeles.
Ela está perdida após a trágica morte da sua mãe e um colapso nervoso causado pelo cancelamento de sua turnê. Conhecida como uma das artistas mais sensuais dos Estados Unidos, a jovem é retratada como libertina e erótica.
É nesse contexto que, após uma noite agitada em Los Angeles, ela se envolve com Tedros (The Weeknd). Após um breve encontro de olhares, mesmo diante da aparência questionável do guru líder de um culto, Jocelyn se vê encantada e inclinada a satisfazer os desejos do homem.
Com uma trama envolvente, atuações consideradas poderosas por críticos e um elenco de peso, "The Idol" já estava destinada a chamar a atenção. Porém, quando adicionamos as polêmicas envolvendo a produção, a série se torna ainda mais irresistível.
O título conta com cenas quase explícitas de sexo protagonizadas por Lily-Rose Depp, filha de Johnny Depp. Há também diversas sequências (novamente, quase explícitas) de masturbação.
Além de todo o peso do luto que a personagem enfrenta, ela precisa lidar com nudes seus vazados por um ex-namorado.
Segundo Levinson falou em coletiva de imprensa durante o festival de Cannes, a série "é um reflexo da 'pornificação' da cultura pop americana."
Particularmente nos Estados Unidos, a influência da pornografia é realmente forte em termos de influenciar a psique, a mente, dos jovens norte-americanos. A gente vê a música pop e vê como ela reflete o lado obscuro da internet de certa forma.
Anunciada em 2021 pela HBO, a série passou por supostas turbulências nos bastidores. Uma matéria da Rolling Stone dizia que o clima no set era de caos generalizado, com demissões e um rombo orçamentário.
Pouco tempo depois da publicação, The Weeknd rebateu as acusações com um vídeo em suas redes sociais, negado as afirmações.
Lily-Rose também se manifestou e desmentiu que o set foi tenso e caótico. E a atriz voltou a repetir, durante o festival de Cannes, que a realidade "foi o oposto disso" e que o clima de improviso, na verdade, contribuiu para a autenticidade da série.
Entre os boatos que cercam "The Idol" está, inclusive, uma provável refilmagem de todos os seis episódios depois da substituição da diretora Amy Seimetz por Levinson.
Segundo as fofocas, o motivo da troca seria a insatisfação de The Weeknd com a abordagem "feminista demais" da série por Amy.