Romance secreto, rixa com Clodovil: 8 fatos sobre Lafond que você não sabia
Jorge Lafond completaria 71 anos hoje. O aniversário do ator, eternizado como Vera Verão, rendeu uma homenagem do Google, que substituiu seu logo tradicional por uma ilustração com o rosto dele.
Jorge Luiz Souza Lima estudou balé clássico e viajou com a dança por Europa e Estados Unidos antes de migrar para a televisão. Nas telinhas, abriu portas para a comunidade LGBTQIA+ como uma drag queen e pedia respeito com seu bordão mais famoso: "Epa, bicha não!". Confira mais curiosidades sobre a vida de Lafond:
1. Escolha do nome artístico
Jorge Luiz adotou um sobrenome novo em homenagem à atriz Monique Lafond, de quem era fã. Antes de adotá-lo, ele pediu autorização à "dona", que não colocou obstáculos.
2. Vida como cabeleireiro
Antes de se tornar um famoso humorista, Lafond trabalhou como cabeleireiro. No ofício, se encontrou como drag queen e passou a se apresentar em eventos de moda e beleza.
3. Careca por opção
Apesar de ter trabalhado como cabeleireiro, Jorge sempre manteve a careca — por escolha, não por genética.
Ele contou que passou a máquina zero na cabeça pela primeira vez ao ser aprovado no vestibular de educação física, mas gostou do visual e decidiu mantê-lo.
4. Surgimento de Vera Verão
A drag queen interpretada por Lafond surgiu pela primeira vez ao lado dos "Trapalhões" de Didi e Dedé, apesar de ter ganhado projeção nacional no "A Praça é Nossa", em 1992.
No humorístico da Globo, a personagem era um soldado machão que voltou "diferente" após uma viagem ao exterior. Meses depois da participação, o ator recebeu o convite de Carlos Alberto de Nóbrega para integrar o elenco de "A Praça é Nossa".
5. Admiração por Clodovil acabou em briga
Jorge afirmou em entrevistas que o apresentador o ajudou a se aceitar como um homem gay na juventude, ao aparecer em programas de TV vistos por toda a família.
Mas a admiração acabou em 1992, quando o humorista disse ter sido alvo de "ironias e alfinetadas" no programa "Clodovil Abre o Jogo". Segundo Lafond, a condução da entrevista feita por Clodovil o fez perder a admiração que tinha pelo apresentador. Dias depois da gravação, Jorge recebeu um bilhete do diretor dizendo que a entrevista não iria ao ar por falhas técnicas.
6. 'Casa dos Artistas' e padre
Lafond ganhou uma enquete que perguntava ao público qual famoso queria ver na 2ª temporada da "Casa dos Artistas", em 2002. Mesmo com a vitória, ele fez apenas uma participação na estreia do reality. A participação como concorrente foi vetada pela diretoria do SBT.
Semanas depois, com o nome ainda em alta, ele participou de outro programa da casa, o "Domingo Legal", mas foi convidado a se retirar do palco para que o padre Marcelo Rossi se apresentasse. Em entrevista, ele confessou que a situação o chateou.
Me magoou muito. Se eu tivesse mandado ele para aquele lugar eu não estaria estressado como ainda estou
Lafond, para o TV Fama
7. Madrinha de bateria
Lafond desfilou como madrinha de bateria da escola de samba Unidos de São Lucas, no Carnaval de São Paulo. O humorista ganhou o posto em 2002, quando a agremiação apresentou o samba-enredo "Humor, Humoral, Humorizado. Manuel de Nóbrega e os Filhos do Riso" em homenagem ao comediante. Manuel era pai de Carlos Alberto, comandante de "A Praça é Nossa".
Este foi o último Carnaval do humorista, que morreu menos de um ano depois, em janeiro de 2003, após sofrer um infarto. Ele estava internado havia alguns dias na capital paulista por problemas cardíacos.
8. Caso com jogador
O ator contou que teve um longo romance com um jogador da Seleção Brasileira em seu livro "Bofes e Babados", lançado em 1998. Lafond morreu anos depois sem revelar a identidade do amante misterioso.
Ele deixou apenas algumas dicas sobre quem seria o atleta, afirmando que ele fazia parte da defesa da seleção e que o romance começou anos antes da Copa de 1998.