Paulo Muzy é bolsonarista? O que o influenciador já falou sobre política
O médico e fisiculturista Paulo Muzy, de 43 anos, se destacou ontem nas redes sociais após entrevistar o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado do também fisiculturista Renato Cariani.
Em julho, o atleta já havia virado assunto por uma suposta inclinação política: a decisão de seguir figuras de direita como o candidato à Presidência e a deputada federal Carla Zambelli (PL) e não acompanhar políticos da esquerda. Na ocasião, ele disse que era questão de "bom senso" acompanhar quem está no governo atualmente. No entanto, essa não é a primeira vez que Muzy expõe suas preferências na política. Veja o que ele já falou sobre o assunto nas redes sociais:
Questão de "bom senso"
Nas publicações de julho, Muzy reagiu às retaliações que estava sofrendo por seguir Bolsonaro e Zambelli no Instagram. Ele ainda comentou a decisão de não acompanhar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outras figuras da esquerda brasileira.
"Não quero ajudar a formar nem derrubar a opinião de ninguém, mas para uma pessoa um pouco mais inteligente, seguir as pessoas que fazem o governo de hoje é o mínimo de bom senso para se sobreviver sendo empresário e médico no Brasil", justificou.
"Eu não sigo Lula nem a esquerda por duas razões: nada que eles façam hoje muda minha vida porque estão fora do poder, então pra que perder tempo preciso em seguir quem não apita nada? E a segunda razão é porque, como a perda do poder causa síndrome de abstinência, seguir essa turma é ser exposto a um ódio diário que eu não tenho fígado para aguentar e me faz mal como pessoa, como indivíduo", completou.
Defesa de Bolsonaro
Em várias publicações, o influenciador digital defendeu Bolsonaro de críticas. Em abril deste ano, ele reagiu à menção de um veículo de imprensa que se chamou de "jargão" o "lema" do político do PL: "Deus, pátria e família".
"Isso não é jargão, são valores. Eu sei que é difícil de entender por parte de uma mídia que torce para vírus e quebra da economia", respondeu.
Quando o atual prefeito de Nova York criticou o presidente por falas homofóbicas e declarações polêmicas sobre a preservação do meio ambiente, ele disse sentir falta de Rudy Giuliani, prefeito de Nova York de 1994 a 2001 e aliado de Donald Trump.
No início deste mês, Muzy também justificou a crise econômica, citando os "empecilhos" enfrentados pelo atual presidente.
"Bolsonaro pegou [o pós-mandato] de todos e ainda enfrentou uma pandemia sem apoio do Congresso, Senado e governadores com STF ativista", opinou.
Ele também se incomodou com um seguidor que se referiu a Bolsonaro como "Bozo": "Se você escreve Bozo, você já é um imbecil."
Críticas a Kim Kataguiri e Joice Hasselmann
No início do ano passado, Muzy demonstrou estar decepcionado com o mandato de Kim Kataguiri (União Brasil) como deputado federal. Entre críticas enviadas ao político, ele elogiou a postura de Bolsonaro.
"Eu votei [em você] e me arrependi, Kim. Suas atitudes, seus alvos políticos e sua transparência mudaram muito. Com sorte, sua inteligência não. Saia de dentro dessa bolha. Volte a ouvir o que o povo que votou em você escreve. Você não é meu líder, é meu representante. Bom trabalho te espera", disse.
Questionado sobre os motivos de não concordar com as atitudes de Kataguiri, Muzy falou que o político estava se aproximando da "extrema esquerda".
"Vejo ele flertando com a extrema esquerda. Fora que este último vídeo falando que vai tornar o Plenário um lugar insalubre é inadmissível. O único punido aí é o povo brasileiro. Coisa de menino mimado e não de político eleito", criticou.
"Flertar politicamente com a extrema esquerda que ele mesmo condena para começar. Em segundo, fazer o papel ridículo de falar que o Plenário será ingovernável. Impedir o trabalho de político que já não é bom de trabalho pra quê? Punir mais o povo brasileiro?", escreveu também.
A outro seguidor, ele aproveitou para criticar a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB): "Uma coisa o Bolsonaro não fez: mudou de lado. Ele tem sido consistente. O resto, a exemplo da ilustríssima Joice Hasselmann, tem sido arroz de festa."
"Povo armado não é escravizado"
Em junho de 2020, Muzy defendeu a posse de armas ao falar sobre as manifestações que ocorriam no país e citou as Forças Armadas como "último recurso".
"Por isso tínhamos de ter armas. Povo armado não é escravizado, mas ainda tenho fé no Exército. Acho que é nosso último recurso e foi a única coisa que não deixou virarmos uma Venezuela na época Dilma-Lula e eleição de 2018", escreveu.
A esquerda, aliás, é alvo comum do fisiculturista. Ao responder um usuário que disse que o atual governo poderia levar "críticos em cana por subversão", ele criticou novamente a ala política.
"Porque [os membros do governo Bolsonaro] não são os fascistas adoradores do diabo como a esquerda caviar-maconha-estelionato-corrupção adoraria que eles fossem. Simples", comentou.
Programa Mais Médicos também foi alvo de críticas
Muzy também demonstrou repúdio ao programa Mais Médicos, criado em 2013 no governo Dilma Rousseff com o intuito de suprir a falta de médicos no interior e nas periferias do país. Os comentários vieram durante a pandemia, quando seguidores falaram sobre a crise enfrentada por hospitais durante a pandemia.
"Típica resposta de quem nunca passou com um médico estrangeiro no regime escravo do PT. [Os médicos] não falavam português, nem eram formados em medicina", disse.
"Mandaram os cubanos embora, né? E agora?", escreveu uma internauta. "Agora é que a medicina melhora. Típico comentário de alguém que nunca viu um médico cubano na frente. Mas você pode pegar um avião e ir se tratar lá como fizeram Lula, Dilma. Ops, pera... Não, eles se trataram no Sírio Libanês mesmo", respondeu ele.