O Ministério Público pediu abertura de uma ação civil pública contra a RIT, emissora de TV aberta da Igreja Internacional da Graça, do pastor R.R. Soares.
A direção da emissora foi acusada, por funcionários descontentes, de assédio moral, psicológico e abuso de poder, além de imposição de padrão físico (gordofobia) e orientação sexual (homofobia). A direção da RIT nega.
O processo PP 001705.2022.02.000/7 mostra que os procuradores do MPT passaram meses ouvindo testemunhas e recolhendo provas. Decidiram pelo pedido para abertura da investigação.
A direção da RIT TV disse à coluna que também deseja a investigação, "para que seja comprovado que nada disso é verdade".
O MPT chegou a sugerir um acordo de "ajustamento de norma de conduta", mas o diretor da emissora, Kalled Adib (ex-RedeTV), afirma que se recusou a assinar.
"Isso seria uma admissão de culpa", afirmou a esta coluna.
Na investigação do MP há relatos de coação contra funcionários, advertências supostamente indevidas e abuso de poder em caso de demissões.
Sobre as acusações de homofobia e imposição de padrão estético aos funcionários, Kalled Adib declarou: "Não tenho nenhuma ordem para criticar ou vetar por orientação, proibir "piercing", tatuagem etc. Eu mesmo tenho uma bandeira do Líbano tatuada".
Apesar do pedido feito pelo MPT, é a Justiça do Trabalho que vai decidir pela investigação ou arquivamento.
Em janeiro, como esta coluna informou com exclusividade, o pastor R.R. Soares montou uma nova redação para sua equipe de TV, após queixas de más condições de trabalho.
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