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Funcionários dizem que TV de pastor é insalubre; emissora nega

Pastor e missionário R.R. Soares - Reprodução
Pastor e missionário R.R. Soares Imagem: Reprodução
do UOL

Colunista do UOL

17/06/2021 00h09

Funcionários da RIT TV, do pastor R.R. Soares, afirmaram a esta coluna e ao Ministério do Trabalho que as condições de trabalho na sede da emissora, no centro de São Paulo, são insalubres. A TV é aberta e transmite a programação da Igreja Internacional da Graça.

Preocupados, os funcionários afirmam que há muita aglomeração no local —inclusive com pessoas com comorbidades, idade elevada e outras características. Eles dizem que todos trabalham num mesmo lugar com janelas fechadas e ar-condicionado.

O temor dos denunciantes (anônimos, pois temem represálias) é de contaminarem pela Covid-19, por exemplo. Eles enviaram fotos à coluna e aos fiscais do MTB, que fizeram uma visita à TV semanas atrás.

Emissora nega tudo

Procurada pela coluna, a direção da emissora negou que isso esteja ocorrendo. Seu diretor, Kalled Adib, afirma que não há pessoas com comorbidades, que todos são obrigados a trabalhar com máscaras e que em todo o local há álcool em gel e outros produtos para limpeza.

A direção confirmou que fiscais do Ministério do Trabalho visitaram o local, mas afirma que a RIT TV não foi autuada e que nada de errado foi encontrado.

Os funcionários rebatem e afirmam que, sim, foram encontrados vários problemas e que, após a visita dos fiscais, a emissora começou a fazer mudanças.

A direção da RIT convidou este colunista a visitar as dependências da emissora, mas o convite foi declinado, obviamente: o signatário não foi nem sequer vacinado pela primeira vez e não visitará nenhuma empresa enquanto houver pandemia de coronavírus.

Os funcionários dizem que, após a coluna entrar em contato com a RIT para apurar esta notícia, foi iniciada uma "caça" interna para tentar descobrir quem fez as denúncias.

O diretor da emissora, Kalled Adib, disse que a história não tem cabimento:

"Eu nunca faria uma coisa dessa com ninguém. Muito pelo contrário: acho que as denúncias devem ser feitas quando procedem. Essa não é minha maneira de fazer gestão. (Você) Sabe do meu comportamento com funcionários e não é de hoje (Kalled trabalhou por 13 anos na RedeTV). Óbvio que isso se trata de uma intriga que não tem cabimento, (assim) como as denúncias."

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