Com mãe e avó doentes, Edu Sterblitch estreia talk show: 'Minha salvação'
Eduardo Sterblitch comanda a partir de amanhã no Globoplay o programa "Sterblitch não tem um Talk Show: o Talk Show", que terá 12 episódios disponíveis às sextas-feiras, gravados diretamente de sua casa. Apesar do bom humor recorrente do programa remoto, que na estreia recebe Ivete Sangalo e o casal Michel Melamed e Letícia Colin, Edu enfrenta um drama pessoal e tem visto nas gravações, que conta ainda com plateia virtual, como uma terapia em grupo.
"A minha mãe está aqui em casa doente, estou tendo que fazer alguns exames com ela, está se recuperando. Ela ficou internada, minha avó também teve covid, teve AVC, pneumonia, ficou internada e voltou para casa. Além da pandemia, estou lidando com doença na família, editando o programa, não estou lendo as notícias direito. Meu tempo está bem difícil"
Quando não está focado na gravação do programa, Eduardo está ajudando nos cuidados com a mãe, mas segue otimista.
Estou com o leite quase derramando, mas está bom, estou passando por uma fase difícil da vida, acredito que muita coisa vai se abrir depois disso
'A gente tem que ser calmo'
O humorista disse que fala abertamente sobre essas coisas que estão acontecendo em sua vida porque, certamente, muita gente deve estar passando por coisas semelhantes.
"As pessoas estão sofrendo e ouvindo as pessoas falarem que estão entediadas, ficam achando que esse é o problema maior. Tem muita gente sofrendo com muitas outras questões, mas isso também vai passar. A gente tem que ser calmo, prático e lidar com tudo isso com criatividade e afeto".
Terapia em grupo
A gravação do programa durante a quarentena é vista como positiva para que ele alivie seu nervosismo pessoal.
"Está sendo a minha salvação. Quando fico nervoso, venho para cá, crio alguma coisa para poder ver se consigo ficar menos tenso. Ia começar a gravar um filme que talvez fosse o trabalho mais importante que já fiz, que é o filme do Guel Arraes com Jorge Furtado, 'O Grande Sertão', meu primeiro vilão, tenho que ficar fortão, com o corpo esquisito". diz ele, empolgado com a oportunidade o cinema.
Quero fazer um puta personagem legal, diferente de tudo que já fiz, aí pintou a questão da doença da minha mãe, do nada, descobrimos a pandemia. Aí pausou o trabalho. Aí pintou essa possibilidade do programa, vou conseguir ao menor fazer uma terapia em grupo, uma dinâmica de grupo para sair um pouco da minha casa
Veveta
Ivete Sangalo, uma das primeiras convidadas do programa, era um nome que causava um certo nervosismo em Edu. O talk show no nome da atração, segundo ele, "é uma desculpa para popularizar a ideia, porque é um gênero popular no Brasil" e também para brincar com o excesso de humoristas comandando esse formato.
Sempre penso que as grandes celebridades, grandes estrelas, me deixam nervoso. Mas quanto mais nervoso eu fico artisticamente, mas atento eu fico e mais presente também, consigo trabalhar com calma
"Na minha vida, sou mais tenso, mas sou mais aéreo. Pensei que ia ficar mais nervoso entrevistando a Ivete, do que o Michel e a Letícia que são praticamente da minha família, e fiquei mais nervoso com eles do que ela, por causa da distância. Não estou acostumado a ter uma conversa assim pela internet, achei esquisito"