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"Game of Thrones": Os erros que Jon e Daenerys cometeram na Batalha de Winterfell

Cenas do terceiro episódio da oitava temporada de "Game of Thrones" - Divulgação/HBO
Cenas do terceiro episódio da oitava temporada de "Game of Thrones" Imagem: Divulgação/HBO
do UOL

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

30/04/2019 10h34

ATENÇÃO: Este texto contém spoilers de "Game of Thrones". Não leia se não quiser saber o que acontece.

A Batalha de Winterfell foi muitas coisas: desesperadora, violenta, escura, surpreendente, emocionante. No entanto, se você perguntar a dois estrategistas de guerra que conversaram com o site da Vox, ela foi também muito mal planejada.

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Depois da exibição da batalha no episódio de domingo de "Game of Thrones", o site contatou Ryan Grauer (professor de relações internacionais na Universidade de Pittsburgh, nos EUA) e Mick Cook (veterano de guerra que lutou no Afeganistão) para analisar a estratégia montada por Jon Snow, Daenerys Targaryen e cia.

O primeiro erro do exército dos vivos foi tentar enfrentar as forças do Rei da Noite em campo aberto. "Quando você se prepara para uma batalha contra um exército mais numeroso, não coloca seus soldados do lado de fora das muralhas. Você faz com que o inimigo tente furar suas defesas primeiro", comentou Cook.

"Do meu ponto de vista, os exércitos também estavam organizados da forma errada. Eles colocaram a cavalaria [os Dothraki] na frente, e depois a infantaria [os Imaculados], e por fim suas defesas [o resto dos soldados e as catapultas]. Parece que planejaram tudo ao contrário", disse ainda.

Para Grauer, uma estratégia melhor seria cavar as trincheiras mais à frente do campo de batalha, e não tão perto das muralhas. Especialmente se o plano era colocar fogo nelas para impedir os mortos de passarem.

"Vimos no episódio que demorou um tempo para que os mortos descobrissem como passar pela trincheira. Enquanto eles estavam do outro lado esperando ordens do Rei da Noite ou algo do tipo, os dragões poderiam ter dizimado boa parte deles", comentou o professor.

Os dois especialistas também confirmam que enviar os Dothraki para enfrentar o exército dos mortos antes de todo mundo não foi uma boa ideia. "Eu adoraria dizer que foi, porque o visual ficou ótimo, mas o que eu faria neste caso seria utilizar os Dothraki nas periferias da batalha, porque eles são rápidos", disse Cook.

No fim das contas, o consenso entre os especialistas foi que os exércitos dos vivos não se preparam efetivamente para a batalha. "Uma coisa muito simples que me incomodou: não havia nenhum tipo de defesa especial nas muralhas, que impedisse os mortos de escalarem tão rápido", notou Cook.

Grauer concordou: "Eu acho que a tensão entre uma boa estratégia militar e uma boa narrativa de televisão ficou muito clara aqui. Eu fiquei surpreso de ver que eles não passaram piche, ou usaram qualquer outro mecanismo, para proteger as muralhas".

Uma última reclamação? A forma como os generais do Rei da Noite foram, no fim das contas, inúteis. "Eu achei que eles dariam ordens ou iriam para a luta. No fim, foram como o NSYNC: estavam todos lá só para apoiar o Justin Timberlake", brincou Cook.

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