Rapper Tekashi69 se declara culpado por nove crimes, incluindo narcotráfico
Resumo da notícia
- Tekashi se declarou culpado por extorsão, conspiração, delitos com armas de fogo e narcotráfico
- O rapper de 22 anos tinha sido preso em novembro de 2018 e corre risco de pegar prisão perpétua
- Ele admitiu que pagou uma pessoa para atirar em um rival de sua gangue
- Ele pediu desculpas pelos seus atos aos fãs e familiares
O rapper norte-americano Tekashi69 se declarou culpado por nove crimes federais, incluindo extorsão, conspiração, delitos com armas de fogo e narcotráfico. As informações são do TMZ.
Segundo o site, o cantor de 22 anos admitiu os crimes às autoridades em 23 de janeiro. Ele tinha sido indiciado em novembro de 2018 e pode pegar prisão perpétua.
O TMZ apontou que Tekashi admitiu que se juntou ao Nine Trey Bloods (uma das maiores gangues criminosas de Nova York) em 2017. Ele confirmou que, em março de 2018, ajudou membros da gangue a tentar assassinar um rival "para mostrar a força da Nine Trey Bloods". No mês seguinte, ele e outros integrantes do grupo roubaram outro rival.
"Eu paguei uma pessoa para atirar em um membro rival do Nine Trey para assustá-lo. O tiroteio ocorreu em Manhattan. Eu fiz isso para manter ou aumentar minha própria posição na Nine Trey", acrescentou o artista aos policiais.
O rapper ainda admitiu que vendeu um quilo de heroína em 2017 e pediu desculpas pelas suas ações. "Peço desculpas à Corte, a qualquer um que tenha sido ferido, à minha família, amigos e fãs pelo que fiz e para quem acabei decepcionando".
A polícia informou em novembro que ele estaria envolvido na venda de heroína, fentanil, ecstasy, anfetaminas e maconha. Ele também teria realizado inúmeros atos de assassinatos, roubos e extorsão.
Segundo o TMZ, a sentença mínima é de 47 anos, porém, por cooperar com as autoridades, o rapper pode ter sua pena reduzida.
Relembre o caso
Tkeashi69 foi preso no dia 18 de novembro junto com seus três ex-empresários.
Os quatro enfrentam acusações de extorsão e posse de ilegal de armas, conectadas à gangue norte-americana Nine Trey Gangsta Bloods. A investigação foi uma parceria entre a polícia de Nova York, onde a prisão foi feita, e duas agências federais (a ATF e a Homeland Security).
Após a prisão, 6ix9ine, como ele também é conhecido, foi transferido de penitenciárias. O rapper estava detido em uma cela comum de um presídio considerado "extremamente perigoso, violento e propenso a fugas", de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A polícia ainda descobriu, através de uma ligação grampeada, que Tekashi69 corria risco de vida antes de ser preso. A transcrição da ligação foi obtida pelo TMZ e mostrou que o ex-empresário do cantor, Kifano Jordan, queria matar seu antigo cliente.
Apesar de estar preso, o rapper não deixou de ser notícia. Seu período recluso tem sido movimentado, seja na relação com sua namorada, seja agora pelas novas informações de que ele tem trabalhado em novas músicas e até em artes para seus novos projetos.
6ix9ine fez barulho na cena norte-americana com sua voz agressiva, suas rimas pesadas e seu visual e atitudes polêmicos. Tantos problemas o levaram ao risco de passar o resto da vida atrás das grades. Seu último álbum, "Dummy Boy", chegou a ser lançado já com ele preso.
O problema de 6ix9ine com a Justiça vai além do caso de extorsão. Condenado anteriormente por exploração sexual de uma menor de idade, o rapper cumpria pena de quatro anos em liberdade condicional. Como ele violou esta condicional com seus novos delitos, sua situação se complicou diante dos agentes federais norte-americanos.
O último disco de 6ix9ine é cheio de participações especiais. Ele canta ao lado de Nicki Minaj e Kanye West, entre outros, indo do rap mais pesado que o marcou a faixas com influência do reggaeton. "FEFE", música que conta com Minaj, já se aproxima de 600 milhões de visualizações no YouTube.