Médico diz a Beto Barbosa que câncer desapareceu; cantor chora e agradece
A equipe médica que atendeu ao cantor e compositor Beto Barbosa informou nesta quarta-feira (23) que o câncer que atingiu o artista desapareceu, após a cirurgia para a retirada e reconstrução da bexiga, e retirada completa da próstata.
Para a equipe, comandada pelo médico oncologista Fernando Maluf (leia mais abaixo), as chances de cura completa são hoje "muito altas".
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Os médicos reconheceram que quando Beto, 63 anos, começou a ser atendido, meses atrás, as chances eram "muito pequenas". Percentualmente, a chance de o tumor não se manifestar novamente está por volta de 80%.
Não foi um caso nada fácil, porque o tipo de câncer que começou na bexiga de Beto era extremamente agressivo.
A "resposta" que ele teve ao tratamento quimioterápico e à cirurgia foram considerados excelentes e um caso raro.
Foram feitos testes nos tecidos retirados e constatado que não há mais células cancerígenas (tampouco metástase, claro).
Antes da cirurgia realizada na semana passada, Beto se submeteu a uma série de sessões de quimioterapia com doutor Maluf.
O médico é diretor-associado do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, membro do comitê gestor e oncologia do hospital israelita Albert Einstein e diretor do Santa Lúcia, em Brasília, além de professor livre-docente.
Segundo a equipe, o câncer que atingiu Beto tem total relação com o hábito de fumar. Beto fumou até o ano passado.
Ainda não há previsão de alta para o cantor.
DIA DE RISO E LÁGRIMAS
Nascido em Belém do Pará, Raimundo Roberto Morhy Barbosa recebeu no início da tarde de hoje a boa notícia da equipe comandada pelo doutor Maluf.
Assim que ouviu o relato dos médicos e das enormes chances de cura definitiva, o cantor começou a chorar copiosamente no Box 18 do sétimo andar do Hospital Beneficência, em São Paulo, na unidade de Terapia Semi-Intensiva. Primeiro tentou ligar para uma irmã. Não conseguiu localizá-la.
Ainda aos prantos, mas eufórico, fez uma segunda ligação, para um grande amigo. Não conseguiu nem falar alô até parar de soluçar. "Eu tô curado, meu amigo", só conseguiu dizer entre lágrimas.
Colunista Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook e site Ooops