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Dólar volta a subir após dois dias de queda, e Bolsa cai

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Imagem: Pxhere

Do UOL, em São Paulo

15/04/2025 09h12Atualizada em 15/04/2025 17h29

O dólar abandonou a estabilidade diante das incertezas do "tarifaço" sobre as importações nos Estados Unidos, e fechou em alta de 0,67%, negociado a R$ 5,891. A Bolsa perdeu fôlego e caiu 0,16%.

O que aconteceu

Dólar comercial amplia o ritmo de alta. Após oscilar perto da estabilidade nas primeiras horas do dia, a divisa americana passou a subir, voltando a flertar com a barreira dos R$ 5,90, marca que chegou a ser rompida no início da tarde.

Moeda caiu nas últimas duas sessões. O recuo acumulado de 0,8% da moeda norte-americana desde a última quinta-feira (16) é insuficiente para reverter a alta registrada desde o anúncio das tarifas sobre as importações nos Estados Unidos, no dia 2 de abril.

A cotação da moeda para viajantes sai do zero a zero. O dólar turismo acompanhou a variação do dólar comercial e fechou com valorização de 0,75%, negociada a R$ 6,128.

Mercado aguarda o esboço do Orçamento de 2026. "A proposta de Orçamento com superávit primário de 0,25% pode parecer tímida, mas em tempos de pressão fiscal, já é uma tentativa de mostrar responsabilidade", avalia Pedro Ros, CEO da Referência Capital, sobre o texto que será entregue pelo presidente Lula ao Congresso.

O equilíbrio frágil entre apetite por risco local e a volatilidade cambial mostra como o mercado está sensível às sinalizações do governo sobre disciplina fiscal.
João Kepler, CEO da Equity Group

Incertezas ainda preocupam o mercado. A isenção temporária das "tarifas recíprocas" sobre produtos eletrônicos e smartphones guiou o bom humor dos investidores na véspera. A Casa Branca, no entanto, avisou que novas taxas sobre os semicondutores serão divulgadas ainda nesta semana.

Bolsa

Ibovespa perde o fôlego e cai. Após abrir a semana com alta de 1,39%, o principal índice do mercado acionário brasileiro não sustentou a recuperação ao logo do dia.

Por volta das 17h, o índice recuava 0,16%. Com a variação, o Ibovespa cai aos 129.245,39 pontos. A desaceleração ocorre após o índice se aproximar, na máxima do dia, da barreira de 130 mil pontos, superada pela última vez no pregão do dia 4 de abril.

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