Apple e Dell disparam após Trump excluir celulares e chips do 'tarifaço'

As Bolsas de Valores dos Estados Unidos avançam na abertura desta semana, em movimento que acompanha o fechamento dos mercados asiáticos e europeus. O bom humor generalizado é originado na decisão de Donald Trump de isentar as tarifas de importação sobre smartphones, computadores e chips.

O que está acontecendo

Índices de Nova York oscilam positivamente. A menor das altas nesta tarde é da Nasdaq, que reúne as ações das empresas de tecnologia, com avanço de 1,04% às 15h54 (horário de Brasília). Os índices S&P 500 e Dow Jones sobem 1,17% e 1,06%, respectivamente. As baixas foram reduzidas na comparação com a abertura do pregão.

Ações da Apple e da Dell disparam. Os saltos expressivos da fabricante do iPhone (+3,98%) e da empresa de computadores (+4,76%) ocorrem após o presidente dos EUA, Donald Trump, retirar smartphones, computadores e chips das "tarifas recíprocas" sobre produtos importados.

Outras empresas do ramo avançam. O bom humor dos negócios reflete positivamente nas ações da Intel (+3,82%), da Nvidia (+0,56%) e até nos papéis da Best Buy (+2,83%), tradicional varejista de produtos eletrônicos listada no S&P 500.

Isenção vale para 20 categorias de produtos. Além dos smartphones e computadores, serão beneficiadas unidades de disco e processamento de dados automático, os semicondutores, os chips de memória e os monitores de tela plana. Patenteados por empresas norte-americanas, os produtos são muitas vezes fabricados na Ásia.

Isenções em "tarifaço" motivam altas. As valorizações ocorrem após o presidente dos EUA, Donald Trump, retirar smartphones, computadores e chips das "tarifas recíprocas" sobre produtos importados. Muitos dos produtos da categoria com patente norte-americana são montados na Ásia.

EUA negam isenção definitiva das taxas. O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirma que smartphones, computadores e alguns outros eletrônicos receberão tarifas separadas, juntamente com semicondutores, nos próximos dois meses. Para Donald Trump, as taxas "virão em breve".

Embora o gesto de Trump tenha animado os mercados no curto prazo, a suspensão das tarifas é temporária e não elimina o risco de uma escalada protecionista.
Jorge Kotz, CEO da Holding Grupo X

Europa e Ásia em alta

Bolsas chinesas fecham no azul. Entre os principais índices, a maior alta do pregão foi registrada pelo Hang Seng, de Hong Kong, com alta de 2,4%. O SZSE, composto pelas 500 ações negociadas na Bolsa de Valores de Shenzhen, subiu 0,51%. O DJ Shanghai e SSEC avançaram 0,63% e 0,76%, respectivamente.

Demais índices asiáticos também em alta. O Taiwan Weighted lidera as valorizações, com valorização de 2,78%. Também tiveram desempenho positivo os índices Nikkei (Japão), S&P/ASX 200 (Austrália), KOSPI (Coreia do Sul), VN 30 (Vietnã) e IDX Composite (Indonésia). Os avanços totalizaram, respectivamente, 1,27%, 1,34%, 0,95%, 1,22%, 1,84%.

Principais Bolsas da Europa saltam mais de 2%. Subiram significativamente os índices de Londres (+2,12%), Frankfurt (+2,57%), Paris (+2,37%) e Milão (+2,76%). Os mercados da Espanha, Bélgica, Holanda e Suíça subiram no mesmo ritmo.

Euro Stoxx 50 tem alta de 2,28%. O índice composto pelas principais empresas da Zona do Euro acompanha as Bolsas do continente. Contribuíram para o desempenho positivo desta sessão as altas expressivas dos papéis das instituições financeiras e das montadoras de automóveis.