Bolsas europeias desabam com retaliações entre China e EUA; NY dispara
As Bolsas de Valores da Europa fecharam em forte queda, revertendo os ganhos da véspera. As tensões, ampliadas pelos temores de guerra comercial entre China e Estados Unidos, foram atenuadas após a suspensão do "tarifaço" por 90 dias aos países que não retaliaram as cobranças.
O que está acontecendo
Bolsas europeias recuam fortemente. Após um pregão de ganhos ontem, os principais índices do Velho Continente não sustentaram os desempenhos positivos. A queda generalizada derrubou os índices de Londres (-2,92%), Frankfurt (-2,96%), Paris (-3,34%) e Milão (-2,75%).
Euro Stoxx 50 recuou 3,31%. O índice composto pelas principais empresas da Zona do Euro acompanha as Bolsas do continente, com somente uma ação no azul. O desempenho negativo desta sessão é puxado pelas perdas da Airbus (-4,82%), da Stellantis (-5,46%), da Philips (-4,18%) e da Bayer (-4,59%).
"Tarifaço" centraliza as atenções novamente. A movimentação dos mercados reflete a entrada em vigor das taxas recíprocas determinadas por Trump sobre as importações de países que optaram pela retaliação das tarifas que começaram a ser cobradas a diversos países no último sábado (5). A taxa mínima é de 10%.
Europa vai votar pacote de sanções de US$ 21 bilhões. A definição da União Europeia aprovou uma lista de produtos americanos que serão alvos de retaliação, com a cobrança de uma tarifa adicional de 25% sobre os itens. Entre outros produtos, a relação inclui amêndoas, soja, iate e aço.
China e EUA abrem espaço para guerra comercial. Passou a valer hoje a tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas. A retaliação eleva as taxas contra o país asiático para 104% e aumenta o temor por uma guerra comercial. Em contrapartida, a China também ampliou as cobranças sobre os produtos recebidos dos EUA, que reagiu com uma cobrança de 125%.
Disputa não foi contabilizada no pregão de ontem. O otimismo do pregão foi ocasionado justamente pelas apostas de que haveria uma negociação entre os países. No entanto, o que ficou desenhado após o fechamento dos mercados europeus foi uma escalada das tensões.
Mercados dos Estados Unidos disparam. Os principais índices de Wall Street saltaram após Trump suspender por 90 dias as tarifas sobre os países que não retaliaram as cobranças. Dow Jones e S&P 500 saltavam, respectivamente, 7,87% e 9,35%. Já a Nasdaq, responsável pelas ações das empresas de tecnologia, tem valorização de 12,16%.