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Ministério Público abre investigação sobre compra do banco Master pelo BRB

 Daniel Vorcaro, dono do Banco Master - Rubens Cavallari/ Folhapress
Daniel Vorcaro, dono do Banco Master Imagem: Rubens Cavallari/ Folhapress

Do UOL, em Brasília

01/04/2025 18h42

O MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) abriu hoje um inquérito civil para investigar a compra de ações do banco Master pelo BRB, banco público do governo do Distrito Federal.

O que aconteceu

Órgão abriu investigação de ofício, isto é, sem ser provocado por ninguém. MPDFT divulgou abertura de investigação nesta tarde. Objetivo é apurar circunstâncias de compra e venda de ações do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Venda de 49% das ações do banco privado ao banco público do DF por R$ 2 bilhões foi comunicada ao mercado na semana passada, mas ainda depende de aprovação do Banco Central.

Ministério Público não explica ainda quais crimes serão investigados. Operação causou grande repercussão nos últimos dias e, como mostrou a colunista Natália Portinari, do UOL, a venda passou por presidentes de PP e União Brasil, partidos aliados do governador do DF, Ibaneis Rocha. Banco público adquiriu quase metade das ações do banco privado em meio a dificuldade do Master de encontrar algum comprador no mercado.

Mesmo com a operação, o banco Master seguirá sendo controlado pelo seu atual proprietário, o empresário Daniel Vorcaro. Pela proposta que está sendo avaliada pelo BC, ele seguirá com 51% de participação na instituição financeira. BRB quer adquirir 49% das ações ordinárias (com direito a voto) e 100% das ações preferenciais (sem direito a voto) do Master.

Em nota, o BRB se defendeu. O banco informa que protocolou, na última sexta-feira, "em conjunto com os protocolos ao Banco Central referentes à operação de aquisição do Banco Master, notícia de fato ao Tribunal de Contas do Distrito Federal".

"Proatividade". Na nota o BRB diz ainda que, "de forma proativa", encaminhou ao Tribunal de Contas do DF, "ofício com considerações da proposta de aquisição de 58% do Master e se disponibilizou a prestar qualquer esclarecimento necessário para compreensão da transação".

Nada a declarar. O banco Master, por sua vez, não quis comentar a abertura do inquérito.

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