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Um dia antes de tarifaço mundial de Trump, dólar cai e Bolsa sobe

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante coletiva no Salão Oval - Saul Loeb/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante coletiva no Salão Oval Imagem: Saul Loeb/AFP

Do UOL, em São Paulo

01/04/2025 17h31

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que iniciaria amanhã a aplicação de novas tarifas sobre seus principais parceiros comerciais. A medida gera apreensão nos mercados globais e não ia ser diferente aqui no Brasil.

Hoje o dólar comercial fechou em baixa, enquanto a Bolsa de Valores registrou alta, ambos com leves oscilações ao longo do dia. O esperado tarifaço de Trump reforça a política protecionista adotada pelo republicano e amplia a incerteza entre investidores.

O que aconteceu

Dólar cai no Brasil e acumula desvalorização sob governo Trump. A moeda comercial norte-americana recuou 0,38%, fechando a R$ 5,685. Desde a volta de Donald Trump à Casa Branca, o dólar acumula uma queda de 5,89% no Brasil.

Dólar turismo segue trajetória de baixa. A moeda usada por viajantes caiu 0,42%, encerrando o pregão a R$ 5,915.

Bolsa fecha em alta com ações de Petrobras (PETR3) e Vale (VALE3). Diferente do pregão anterior, o Ibovespa registrou valorização (0,68%) hoje, impulsionado pelo desempenho positivo de suas principais empresas, 0,56% e 1,16% respectivamente. O volume total negociado foi de R$ 11,74 bilhões, e o índice encerrou o dia com 131.150,63 pontos.

Trump deve anunciar tarifas de importação para todos os países. A medida, prevista para amanhã, tem como objetivo reverter o que o governo americano considera práticas comerciais injustas. A lista final de países e produtos afetados ainda não foi divulgada. No entanto, Trump anunciou uma taxação de 25% sobre veículos importados e a isenção total para carros fabricados nos EUA. A expectativa do governo americano é arrecadar mais de US$ 100 bilhões por ano com a medida.

Mercado teme impactos negativos da política tarifária americana. Investidores receiam que as tarifas possam pressionar a inflação e levar a uma recessão nos Estados Unidos, aumentando a incerteza global.

Incertezas sobre a economia americana influenciam alocações no Brasil. A combinação de políticas tarifárias e cortes de gastos eleva o nível de insegurança nos mercados. Segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, esse cenário torna as alocações na bolsa mais seletivas e voltadas para ativos defensivos.

Investidores migram para o Brasil. Analistas apontam que a incerteza nos Estados Unidos leva parte do capital estrangeiro ao mercado brasileiro, onde as taxas de juros seguem altas e devem permanecer assim, segundo projeções do Banco Central.

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