Caged: Brasil abre 431 mil empregos com carteira assinada em fevereiro

O Brasil abriu 431.995 vagas com carteira assinada em fevereiro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apresentados hoje pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O que diz o Caged
Brasil contratou mais do que demitiu em fevereiro. O saldo positivo do mês ocorreu com 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos formais no mês. No mesmo mês do ano passado, o país criou 431.900 vagas formais de trabalho. Em todas os estados do país houve dados positivos no mercado de trabalho com exceção de Alagoas.
Em fevereiro de 2025, o número de admissões aumentou 13,26% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com 301.924 novas vagas criadas, o total de contratações passou de 2.277.268 em 2024 para 2.579.192 neste ano. Houve um número maior de demissões em fevereiro deste ano. Foram 177.473 desligamentos a mais.
País tem mais vagas CLT. O saldo de empregos típicos foi positivo, com 2.181.165 admissões e 1.854.072 desligamentos. Já entre os empregos não típicos, também houve mais contratações do que demissões: foram 398.027 admissões contra 293.125 desligamentos. Os trabalhos típicos são aqueles com carteira assinada e contrato tradicional (CLT), enquanto os trabalhos não típicos incluem modalidades mais flexíveis, como contratos temporários e intermitentes.
Dados do ano são positivos. No acumulado de 2025, o mercado de trabalho registrou 4.874.669 contratações formais, enquanto 4.298.588 trabalhadores foram demitidos. O saldo positivo indica que, até o momento, mais pessoas conseguiram um emprego do que perderam, refletindo a dinâmica do mercado ao longo do ano.
Remuneração média de admissão cai em fevereiro. Os números do Ministério do Trabalho indicam que os trabalhadores contratados formalmente no mês passado recebem, em média, R$ 2.205,25. O valor é R$ 79,4 menor em comparação com janeiro.
O que é o Caged
O indicador mede o andamento do mercado formal de trabalho. Divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados recebe relatórios das empresas para definir a quantidade de contratações e demissões com carteira assinada no Brasil.
Informações do Caged são coletadas a partir do sistema eSocial. A ferramenta é responsável por unificar as informações de trabalhadores e empresas. A adoção extinguiu o modelo antigo para a coleta das informações e resultou na criação do Novo Caged, que traz as estatísticas do mercado formal de trabalho desde janeiro de 2020.
Caged usa metodologia diferente da Pnad Contínua, do IBGE. Ainda que ambos os indicadores tragam informações sobre o mercado formal, as divulgações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são mais completas e definem o nível de desemprego. A base da pesquisa é o movimento do mercado dentro de um intervalo de três meses.