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'Doloroso': empregada da Petrobras viraliza ao criticar trabalho presencial

Funcionária da Petrobras se manifesta contra a volta do trabalho presencial - Reprodução / Instagram / @sindipetrorj
Funcionária da Petrobras se manifesta contra a volta do trabalho presencial Imagem: Reprodução / Instagram / @sindipetrorj

UOL

21/03/2025 12h47

O Sindipetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro) divulgou na quarta-feira um vídeo em que Luciana Frontin, identificada como petroleira da Petrobras, manifesta preocupação com a exigência de aumento do trabalho presencial.

O que aconteceu

Só a ideia do impacto de voltar aos 3 dias de presencial já está me deixando preocupada, elevando meu nível de estresse, afetando minha saúde e minha produtividade. A antecipação dos 5 dias já está gerando ansiedade ao ponto de causar sintomas físicos, o que eu nunca senti em 17 anos de empresa. Eu preciso de um ambiente de trabalho que seja compatível com as minhas necessidades para continuar produzindo de maneira saudável. Para isso, preciso manter um pouco de autonomia para gerenciar meu tempo e conseguir priorizar os cuidados com minha saúde e minha família Luciana Frontin, funcionária da Petrobras

A Petrobras anunciou em 9 de janeiro de 2025 a ampliação do trabalho presencial para três dias semanais, com exceção de pessoas com deficiência (PCDs) e pais de PCDs. A decisão foi alvo de críticas da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que alegou não ter havido qualquer negociação prévia com os sindicatos ou consulta aos funcionários.

Em vídeo que viralizou no Instagram, Frontin lê uma carta em que critica o aumento dos dias presenciais de dois para três por semana, argumentando que a simples ideia da mudança já impacta sua saúde e produtividade.

A mensagem foi direcionada à Diretoria Executiva da Petrobras. Além de defender a continuidade do modelo híbrido, ela pede que qualquer alteração seja negociada com os trabalhadores. Além disso, cita valores institucionais da empresa que, segundo Frontin, deveriam garantir o bem-estar dos funcionários.

É doloroso para mim me sentir numa posição antagônica com a empresa. Por isso, me coloco à disposição para participar de discussões de forma construtiva. Quero trabalhar de forma conciliatória para encontrarmos soluções que atendam às necessidades tanto da empresa quanto dos funcionários Luciana Frontin, funcionária da Petrobras

Diante das reclamações, o departamento de Recursos Humanos da Petrobras convidou a FUP (Federação Única dos Petroleiros) para uma reunião sobre as mudanças, mas a entidade recusou o convite. A federação argumentou que a iniciativa serviria apenas para "desmobilizar" os trabalhadores e reafirmou sua insatisfação com a falta de diálogo.

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