Consignado CLT começa amanhã; entenda empréstimo com FGTS de garantia

A partir de amanhã, fica disponível o 'Crédito do Trabalhador', empréstimo para trabalhadores contratados pelo regime CLT que tem como garantia parte do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
O que aconteceu
Empréstimo será pedido apenas por meio do aplicativo CTPS Digital. É o mesmo da Carteira de Trabalho que muita gente já tem instalado. O trabalhador poderá requerer a proposta de crédito nas instituições privadas cadastradas, o que inclui todos os grandes bancos, pelo aplicativo.
Será uma espécie de "leilão", em que você bate o martelo. Os bancos vão oferecer propostas com as taxas que forem convenientes às instituições, mas é o trabalhador que vai escolher com qual vai seguir com o empréstimo. Previsão é que a modalidade reduza a taxa de juros em até 52%.
Crédito do Trabalhador só estará disponível para quem tiver um emprego CLT. Isso também inclui aqueles que são contratados por um MEI (Microempreendedor individual).
Por enquanto, não será possível pedir o empréstimo fora do aplicativo CTPS Digital. O Crédito do Trabalhador é exclusivo por meio do app CTPS Digital. A previsão é que a liberação pelos canais eletrônicos dos bancos esteja disponível a partir de 25 de abril.
Assim que for manifestado o desejo, as ofertas chegam em até 24 horas, segundo o Ministério do Trabalho. Para isso, o profissional autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. Assim que você escolhe a opção, haverá um método para você entrar em contato com o banco e acertar o empréstimo.
Pagamento ocorre mensalmente pelo eSocial, até o limite de 35% do salário. Segundo o governo, isso permite que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.
Trabalhador pode usar como garantia até 10% do saldo no FGTS. Também pode usar 100% da multa rescisória em caso de demissão. Se o trabalhador mudar de empregador, mas seguir com carteira assinada, a dívida é transferida para o novo emprego.
Será possível migrar dívidas mais caras para o novo modelo de crédito consignado. Os trabalhadores que já tem empréstimos com desconto em folha podem migrar o contrato existente para o novo modelo a partir de 25 de abril deste ano. Uma das metas do programa é reduzir o superendividamento.