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Correios dizem que 'taxa das blusinhas' tirou R$ 2,2 bi da empresa em 2024

Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Alexandre Novais Garcia

Do UOL, em São Paulo (SP)

31/01/2025 13h58

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, afirmou nesta sexta-feira (31) que a taxação das compras internacionais motivou o prejuízo da empresa em 2024.

O que aconteceu

Correios fecharam 2024 com resultado fiscal negativo. Os números preliminares apresentados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos mostram que a empresa terminou o ano passado com déficit de R$ 2,13 bilhões. O resultado influenciou no desempenho das contas públicas.

Presidente dos Correios atribui resultado à "taxa das blusinhas". Ao avaliar os números preliminares, Santos classifica o resultado negativo como fruto do imposto de importação para itens de até US$ 50. "O impacto foi de R$ 2,2 bilhões, que vai ser divulgado com o balanço da empresa", afirmou.

Santos garantiu que os Correios estão em processo de recuperação. Ele afirma que a reestruturação da estatal é cobrada pelo presidente Lula. "Esse plano já está em andamento e estamos trabalhando para entregar cada vez mais um Correio saudável, sustentável e, acima de tudo, um Correio que atenda a população", disse Santos.

Os Correios estavam focados em alguns setores em que se navegava tranquilamente. Hoje não é assim. Os Correios precisam se voltar para o mercado nacional, precisa se voltar para as empresas brasileiras.
Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios

Resultado negativo também é atribuído à tentativa de privatização. O presidente dos Correios disse que a empresa "foi colocada na bacia das almas" nos últimos anos. "Quando uma empresa é sucateada, como ela foi para ser vendida, a gente tem um trabalho grande de recuperação", avaliou Santos.

Ele nega ter colocado o cargo à disposição após o novo déficit. Questionado sobre a possibilidade de deixar o cargo na reforma ministerial prevista para os próximos meses, Santos disse que permanecerá na presidência dos Correios. "É uma avaliação que compete ao presidente [Lula]. Eu estou na função e vou desempenhar com a mesma dedicação."

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