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Ações da Azul e da Gol disparam após acordos de dívida com o governo

Aeronave Embraer 195, da Azul Linhas Aéreas - Rafael Luiz Canossa/Wikimedia Commons
Aeronave Embraer 195, da Azul Linhas Aéreas Imagem: Rafael Luiz Canossa/Wikimedia Commons

São Paulo

06/01/2025 16h40

As ações da Azul e da Gol disparavam nesta segunda-feira (6), ainda embaladas por acordos das companhias aéreas com o governo para renegociação de débitos bilionários, divulgados na semana passada.

Por volta das 15h50, as ações da Azul subiam 14,67%, maior alta percentual do Ibovespa, que subia 1%. Fora do índice, os papéis da Gol saltavam 13,05%.

As ações da Azul caminham para o sexto pregão consecutivo de alta, enquanto a Gol ensaia a quinta sessão seguida de avanço.

Na sexta-feira (3), a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que o governo fechou acordos com a Gol e a Azul para reduzir a dívida das duas companhias aéreas com a União em cerca de R$ 5,8 bilhões no total, permitindo que o pagamento seja feito em até 120 parcelas.

Em fato relevante no mesmo dia, a Azul disse que o acordo para reestruturar o passivo fiscal reduzirá débitos de cerca de R$ 2,9 bilhões em mais de R$ 1,8 bilhão "ante a conversão de depósitos judiciais, utilização de prejuízos fiscais e efetivas reduções no valor dos juros, multas e encargos referentes aos créditos tributários". O saldo remanescente, cerca de R$ 1,1 bilhão, será executado no período de 60 meses para os débitos previdenciários e em 120 meses para os demais débitos, acrescentou a companhia aérea.

No caso da Gol, a PGFN disse que a dívida da empresa passaria de cerca de R$ 5 bilhões para R$ 880 milhões. A empresa já havia anunciado anteriormente um acordo para equacionar os débitos fiscais. Segundo a empresa, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, o acordo não impactará o endividamento líquido financeiro. O plano prevê a conversão em capital de parcela do seu endividamento financeiro.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas)

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