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Campos Neto diz que cumpriu promessas e que BC atua no câmbio como pode

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

19/12/2024 12h05Atualizada em 19/12/2024 13h40

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (19), em clima de despedida, que cumpriu promessas e que o Banco Central atua no câmbio da forma que pode. A declaração ocorreu durante entrevista coletiva do relatório de inflação do quarto trimestre deste ano.

O que aconteceu

Presidente do BC disse que banco vai atuar no câmbio quanto considerar necessário. "O Banco Central deve agir no câmbio quando entende que tem alguma disfuncionalidade no fluxo por alguma operação pontual, saída extraordinária ou fator de mercado", disse Campos Neto.

Campos Neto disse que o Banco Central faz intervenções em relação ao fluxo que está sendo analisado. "Entendemos que começou a ter, através do que a gente vinha levantando com o mercado, uma saída maior, uma saída atípica no fim do ano. A parte de dividendos estava acima da média e o fluxo financeiro estava bastante negativo apontando para ser um dos piores anos da história", lembrou.

Presidente do Banco Central diz não ter mudado atuação. Campos Neto afirmou que a instituição tem protocolos de atuação no câmbio e que a instituição "tem muita reserva" e "vai atuar [no câmbio] se for necessário"

Em relação às incertezas fiscais, Campos Neto disse que não cabe ao Banco Central fazer uma avaliação da situação fiscal do país. O presidente afirmou ainda que o BC tenta atuar para melhora a credibilidade na questão monetárias do país.

Futuro presidente do Banco Central e indicado de Lula, Gabriel Galipolo disse que o BC tem todas as ferramentas para perseguir as metas. Ele ressaltou ainda que o banco tem autonomia e confiança do presidente da República.

O presidente do Banco Central comentou ainda sobre o fim de seu período à frente do Banco Central. "Sempre disse que desde o começo não acreditava em recondução, sempre disse que ficaria até o fim do mandato independentemente de pressão, que colocaria a institucionalidade do BC acima de interesses pessoais e políticos. Sempre agi de forma técnica e que faria uma transição da forma mais suave possível."

Ele disse que buscou "passar todo o conhecimento" para sucessor e equipe. "Sempre pensei como seria uma transição suave. Vou continuar ajudando o banco central de forma clara e transparente." Em sua fala inicial, Campos Neto disse ainda que o cenário é marcado por elevação das projeções de inflação e são previstos ajustes.

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