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CNI projeta PIB de 3,5% em 2024 e de 2,4% no ano que vem

PIB, gráfico, economia - Getty Images
PIB, gráfico, economia Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

17/12/2024 12h07

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) fez nesta terça-feira (17) a apresentação do relatório Economia Brasileira 2024-2025. No evento, a entidade projetou que em 2024 o Brasil termina o ano com aumento de 3,5% no PIB, mais do que o dobro em relação à estimativa anunciada no fim do ano passado (1,7%). No ano que vem, o crescimento perde força, mas fecha dezembro com elevação de 2,4%.

O que aconteceu

A CNI abriu a apresentação do relatório comemorando o terceiro ano de crescimento do país com índices acima de 3%. "Surpreendente", disse Mário Sergio Telles, superintendente de Economia da CNI., segundo a confederação.

A principal explicação para esse bom resultado vem do mercado de trabalho. Segundo a CNI, os aumentos do número de empregos no país e da massa de rendimento real vem crescendo desde 2022. "Essa foi a grande surpresa em relação a nossa previsão do final de 2023", disse Mário Sergio Telles.

Entre agosto de 2023 e maio de 2024, a queda da taxa Selic, de 13,75% para 10,75%, ajudou a impulsionar o PIB. Nesse período, afirmou Telles, aumentou consideravelmente a concessão de crédito para as empresas. Com mais dinheiro circulando, os dados positivos para toda a economia vão aparecendo aos poucos.

A queda no setor agrícola freou o aumento do PIB, apesar de a pecuária ter tido bons números neste ano. Se não fossem os dados ruins do campo, crescimento da economia seria bem maior, comentou Telles.

Como vai ser em 2025

Telles afirmou que a expectativa para o ano que vem é que a inflação feche o ano dentro do teto da meta do governo federal, de 4,50%. Segundo ele, a elevação da taxa de juros deve conter o consumo.

A alta dos juros deve conter o consumo e os investimentos, devido à menor concessão de crédito; mas há outros fatores, como a evolução mais lenta do mercado de trabalho, depois de três anos bastante positivos; e a redução do impulso fiscal, ou seja, as compras dos governos federal, estaduais e municipais.

Ricardo Alban, presidente da CNI

Taxa de juros começa a cair no fim do segundo trimestre. De acordo com a confederação, os bons dados da economia, impulsionados pela queda de gastos com a aprovação do pacote fiscal, devem levar BC à conclusão de que já será hora de baixar a Selic.

Indústria se desenvolve menos que em 2024. Segundo o relatório, setor deve crescer 2,1% em 2025. Em 2024, 3,3%.

Queda nos serviços ajuda a conter o PIB do ano que vem. CNI projeta elevação do produto interno bruto brasileiro de 2,4% em 2025.

Com economia mais lenta, preços ficam mais controlados. Expectativa da Indústria é que 2025 feche com inflação de 4,2%, abaixo do teto da meta do governo, de 4,5%.

As importações devem seguir em alta em 2025, mas em ritmo bem mais lento ao de 2024, prevê a CNI. Recuperação da agropecuária e desvalorização do real devem melhorar as vendas nacionais para o exterior.

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