IBC-Br: Prévia do PIB desacelera e fica estável em outubro, diz BC
A atividade econômica do Brasil perdeu força e apresentou estabilidade em outubro, na comparação com setembro, segundo dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) divulgados nesta sexta-feira (13) pelo BC (Banco Central). O indicador é conhecido por antecipar o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país.
Como foi o IBC-Br
Atividade econômica nacional avança pelo terceiro mês consecutivo. A leve alta de 0,14% do IBC-Br em outubro corresponde a uma estabilidade em relação à variação ao mês anterior. A alta, no entanto, é a menor do período e surge após dois crescimentos mais expressivos apurados em agosto (0,3%) e setembro (0.88%).
Resultado sinaliza para uma desaceleração da economia nacional. Com a variação positiva, a prévia do PIB aparece aos 154,4 pontos na série dessazonalizada (livre de influências), ante os 154,2 pontos apurados no fechamento do primeiro trimestre. Mesmo com a perda de ritmo, o indicador renova o maior patamar de toda a série do IBC-Br, coletado desde janeiro de 2003.
Demais comparações indicam crescimento, conforme o IBC-Br Em 12 meses, prévia do PIB registra alta de 3,4%. Já no trimestre finalizado em outubro, o avanço apurado ante o período encerrado em setembro foi 1,2;. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,7% em 2024.
Estimativas apontavam para queda do índice em outubro. As projeções apresentadas por analistas do mercado financeiros previam o encolhimento do indicador. A estabilidade, no entanto, impediu o primeiro tombo do IBC-Br, na análise dessazonalizada, desde julho.
Consumo e mercado de trabalho positivos contribuem. No terceiro trimestre de 2024, o avanço da economia brasileira foi puxado pela queda do desemprego ao menor nível da história e a elevação da renda das famílias, que impulsionaram a demanda por bens e serviços no período.
Elevações da taxa Selic tendem a frear o movimento. A série de três altas consecutivas da taxa básica de juros tem o objetivo central de conter a inflação. Na teoria, a expectativa é de que isso aconteça justamente com a redução do consumo, já que o aumento da Selic deixa o aceso ao crédito mais difícil e desestimula as compras.
O que é o IBC-Br
Indicador é calculado a partir de uma base similar à do IBGE. Com divulgações mensais, a coleta de dados do Banco Central é classificada como a "prévia do PIB" por antecipar o andamento da atividade econômica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apresenta os dados sobre o desempenho da economia somente a cada três meses.
Resultado do terceiro trimestre teve diferença de 0,22 ponto percentual. O PIB brasileiro avançou 0,9%, na comparação com os três meses anteriores. No IBC-Br, a alta contabilizada no período foi de 1,12%. Frente o terceiro trimestre de 2023, os dados do IBGE mostram avanço de 4% da economia, enquanto o IBC-Br apresentou alta de 4,7%.