EUA constrói estrada com material radioativo que pode causar câncer
Uma estrada feita com resíduos radioativos no estado da Flórida tem levantado preocupações de saúde pública nos Estados Unidos. O fosfogesso, subproduto do ácido fosfórico para fertilizantes, oferece risco às pessoas mesmo estando sob 4 polegadas (cerca de 10 cm) de asfalto. A Agência de Proteção Ambiental (EPA), porém, minimiza a possibilidade de humanos serem contaminados.
O que aconteceu
Uma empresa recebeu aval para construir uma estrada de teste usando a substância fosfogesso - que contém rádio e se decompõe em gás radônio - e é amplamente associada a riscos de câncer.
O sinal verde foi da própria EPA, apesar de a agência reconhecer os riscos à saúde associados ao processo do fosfogesso. Normalmente, o fosfogesso é mantido em "pilhas" projetadas para limitar a exposição humana ao material tóxico. Com o tempo, gás radônio é liberado na atmosfera.
Em uma condição "altamente controlada", a EPA diz que a estrada de teste de duas faixas consistirá em quatro seções contendo fosfogesso e quatro seções de controle que não terão o material. As seções com o material terão 152 metros de comprimento, com as outras seções ficando com 91,4 metros.
A agência alega que é improvável que membros do público entrem em contato direto com o material, pois a estrada está em propriedade privada, por ser um projeto piloto em pequena escala. Além disso, considera seguro que o fosfogesso esteja sob 10 cm de asfalto.
A EPA havia aprovado o uso de fosfogesso na construção de estradas do governo dos Estados Unidos em 2020, sob a administração de Donald Trump, mas o presidente Joe Biden retirou essa aprovação em sua administração.
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