Médica acusada de antecipar mortes de pacientes irá a júri popular no PR
O TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) decidiu hoje que a médica Virginia Helena Soares de Souza, ex-diretora da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Evangélico, em Curitiba, irá a júri popular. Virgínia é acusada de ter antecipado a morte de sete pacientes internados na unidade entre 2006 e 2013, ano em que o caso veio à tona.
Ainda não há data marcada para o julgamento da médica, que responderá por homicídio doloso. A decisão foi tomada pela Primeira Câmara Criminal do TJ-PR. Por dois votos a um, o colegiado atendeu a uma apelação do MP-PR (Ministério Público do Paraná), que recorreu após o juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, absolver a médica e outras sete pessoas, em abril de 2017.
Dois anos depois, em maio de 2019,o TJ-PR aceitou duas novas denúncias dos promotores contra Virgínia por homicídio qualificado. Estas acusações tratam das mortes de dois outros pacientes que não haviam sido incluídos no primeiro processo: uma mulher de 35 anos e adolescente de 16.
Em nota, a defesa de Virgínia afirma que sempre confiou na Justiça e em todas as provas do processo e que vai recorrer em todas as instâncias. "A médica é inocente e em toda a sua carreira tomou decisões baseadas em literatura", escrevem os advogados Louise.