Ernesto Araújo diz que governo Bolsonaro se tornou sem alma, nem ideal
O ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, criticou o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) hoje em suas redes sociais. Para o ex-chanceler, o governo federal se transformou em uma "administração tecnocrática sem alma nem ideal".
Ernesto pediu demissão após pressão de diversos partidos, mas principalmente pelo Centrão. O Congresso também avaliava como ruim a atuação do então ministro durante a pandemia do coronavírus. Araújo era um dos chefes de pastas mais alinhados ideologicamente ao governo de Bolsonaro.
"Um governo popular, audaz e visionário foi-se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar", escreveu o ex-ministro em seu Twitter.
Ernesto disse ainda que viu o processo de transformação do governo com "angústia", "inconformidade" e que fez "o que pude". "O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar", apontou.
O ex-ministro também criticou as privatizações e reformas tributárias e administrativas, bandeiras defendidas pelo governo bolsonaro. Segundo Ernesto, as ações não seriam suficientes para "mudar o Brasil. Hoje, manifestantes a favor de Bolsonaro se reuniram em diferentes capitais do país.
Ernesto finaliza dizendo que existe a "oportunidade" do brasileiro "recuperar sua esperança" caso Bolsonaro volte a ser o presidente eleito em 2018, "aquele que prometeu derrotar o sistema, o líder de uma transformação histórica e constitucional, o portador de uma missão".
As primeiras publicações foram feitas quase 11 horas. Por volta das 13h, o ex-ministro voltou a se pronunciar na rede social mostrando apoio ao governo de bolsonaro. "Muitos desprezam o sonho do PR de mudar o Brasil. Eu, ao contrário, sempre acreditei, sempre estive e estarei com ele no seu amor pela liberdade e sua luta para libertar o povo de um sistema opressor. Com o apoio popular estou certo de que ele terá a força necessária para vencer", concluiu.