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Manifestantes jogam ovos em comitiva de Bolsonaro em SP, no leilão da Cedae

Comitiva de Bolsonaro é recebida com "ovadas" no leilão da Cedae, em São Paulo - Reprodução / TV Globo
Comitiva de Bolsonaro é recebida com "ovadas" no leilão da Cedae, em São Paulo Imagem: Reprodução / TV Globo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/04/2021 16h13Atualizada em 30/04/2021 18h08

A comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi hostilizada hoje ao chegar no prédio da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, para o leilão de concessão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro).

Manifestantes atiraram ovos na direção dos parlamentares Carla Zambelli (PSL-SP) e Helio Lopes (PSL-RJ). Eles não foram atingidos diretamente, mas os ovos que estouraram na parede respingaram em quem estava próximo.

Em imagens transmitidas pelo Jornal Hoje, da TV Globo, é possível ver que um dos homens que estava perto dos parlamentares fica com a lateral esquerda do terno manchada.

Após a "chuva de ovos", a comitiva ingressou no prédio da B3 às pressas, para desviar dos ataques.

Manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) fizeram um ato em frente ao prédio com cartazes contra a política do governo federal para o enfrentamento da pandemia da covid-19.

"Bolsonaro genocida" e "400 mil mortos" eram algumas das mensagens que estavam escritas em cartazes que os membros do MTST levantavam, junto com as bandeiras do movimento.

Na manhã de hoje, o presidente Jair Bolsonaro participou de um encontro com empresárias, em um hotel localizado na zona sul de São Paulo.

Em imagens compartilhadas pela assessoria da Presidência é possível ver um grupo com cerca de 40 pessoas. A maioria delas — incluindo o presidente e a deputada federal Carla Zambelli — não usava máscaras.

Leilão arrecada R$ 22,7 bilhões

O leilão da Cedae concedeu à iniciativa privada o serviço de água e esgoto em regiões do estado por R$ 22,7 bilhões. O valor ficou 133% acima do mínimo esperado, em média, que era de R$ 10,6 bilhões.

Com a concessão, após mais de cinco anos de briga, parte do fornecimento de água do estado estará nas mãos de dois consórcios por 35 anos. Os contratos envolvem investimentos de cerca de R$ 30 bilhões.

O objetivo, além da distribuição de água, é obter a universalização da coleta e tratamento de esgoto para cerca de 13 milhões de pessoas. A Cedae continuará existindo, por meio da captação e venda de água para os concessionários.

A Aegea, empresa que tem como sócios o fundo soberano de Cingapura (GIC) e a Itaúsa, foi a grande vencedora, arrematando dois lotes. O grupo Iguá, do fundo canadense CPPIB, ganhou o bloco 2. Um dos quatro blocos oferecidos não foi arrematado.

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