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Teste aponta problemas pontuais em urnas eletrônicas, e TSE não vê riscos

Urna eletrônica - TSE
Urna eletrônica Imagem: TSE
do UOL

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

29/11/2019 19h21Atualizada em 29/11/2019 19h21

Resumo da notícia

  • Técnicos realizaram pesquisa periódica de segurança em aparelhos
  • Segundo tribunal, fragilidades encontradas não ameaçam votação
  • Justiça Eleitoral vai fazer correções e o sistema será submetido a novos testes

Investigadores que participaram de um teste de segurança do sistema eletrônico de votação encontraram dois pontos de fragilidade na segurança do sistema das urnas eletrônicas, segundo informou hoje o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O teste é realizado periodicamente e tem o objetivo de identificar eventuais pontos vulneráveis na segurança da votação. A ideia do teste é permitir ataques controlados ao sistema para poder corrigir eventuais falhas.

Segundo o TSE, as fragilidades encontradas não colocam em risco a segurança da votação. Agora, numa segunda etapa, os técnicos da Justiça Eleitoral vão tentar corrigir esses pontos e o sistema será submetido a uma nova rodada de testes.

"Houve achados importantes. Vamos trabalhar no fortalecimento dessas barreiras e vamos chamá-los novamente para testar a eficácia. O sistema vai para a eleição muito mais fortalecido", disse o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino.

Em edições anteriores também foram encontradas falhas pontuais posteriormente corrigidas pelo TSE.

O Brasil terá eleições no próximo ano, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores de cidades em todo o país. As eleições municipais de 2020 serão realizadas em outubro.

Participaram dessa edição do teste cinco grupos e três investigadores individuais. Todos eles apresentam ao TSE um plano de ataque aos sistemas utilizados na votação.

30 barreiras de segurança

Durante o teste, os investigadores têm acesso facilitado aos sistemas utilizados na votação eletrônica. Barreiras de segurança que existem normalmente durante as eleições são removidas para que possam ser testadas hipóteses de falhas no sistema. No total, o sistema eletrônico de votação tem 30 barreiras de segurança.

Apenas o grupo formado por peritos da Polícia Federal teve sucesso em apontar falhas no sistema.

Esse grupo conseguiu vencer as barreiras de segurança do sistema que alimenta a urna eletrônica com dados como o nome dos candidatos e a lista de eleitores. Foi possível também alterar informações secundárias do sistema, mas os dados de eleitores e candidatos permaneceram inviolados.

Após a segunda rodada de testes, depois das correções no sistema feitas pelo TSE, o resultado final do teste de segurança será apresentado no dia 10 de dezembro.

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