Opinião: Indicação de Gugu ao Emmy chegou tarde demais
No programa desta semana no canal do UOL no YouTube, o signatário desta coluna analisa a indicação do programa "Canta Comigo" —e de Gugu Liberato (1959-2019) ao Emmy Internacional —o chamado "Oscar" da televisão.
A cerimônia está prevista para o próximo dia 23 de novembro. São premiadas apenas produções de fora dos EUA.
O reality show musical "Canta Comigo", da Record, está entre os finalistas.
Quase toda a imprensa saudou a indicação como se fosse um prêmio à memória de Gugu, que morreu de forma acidental no final do ano passado, em Orlando, EUA.
Na opinião deste colunista, porém, a indicação chega tarde demais e soa até oportunista diante de um artista que passou mais de 40 anos produzindo e apresentando.
Gugu jamais foi indicado não só ao Emmy, mas para nenhum outro prêmio internacional de TV. Foi reconhecido, isso sim, pelo telespectador —especialmente os das classes menos favorecidas.
Também teve reconhecimento de público e crítica: ganhou 11 estatuetas do Troféu Imprensa.
O que chama a atenção é o Emmy "despertar" para o programa comandado por Gugu apenas em sua segunda temporada.
Me pergunto: será que se Gugu estivesse vivo, o "Canta Comigo" e ele seriam indicados à premiação máxima da TV internacional?
Tenho certeza que não.
De qualquer forma a indicação ainda é um prêmio à Record, que investiu e acreditou em Gugu, bem como a Endemol Shine, produtora do formato.
