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Brigette Lundy-Paine trouxe estilo 'sem gênero' para filhas de 'Bill & Ted'

Da esq. para a dir.: Brigette Lundy-Paine, Kid Cudi e Samara Weaving em "Bill & Ted: Encare a Música" - Reprodução/Instagram
Da esq. para a dir.: Brigette Lundy-Paine, Kid Cudi e Samara Weaving em 'Bill & Ted: Encare a Música' Imagem: Reprodução/Instagram
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/08/2020 15h02

As filhas dos protagonistas de "Bill & Ted: Encare a Música" não se encaixam no que normalmente se espera desse tipo de personagem em Hollywood, segundo contou Brigette Lundy-Paine ao Advocate.

Intérprete de Billie, filha de Ted (Keanu Reeves), no filme, Brigette se identifica com o rótulo não-binário, usado por indivíduos que não se identificam nem como homens nem como mulheres.

Como uma pessoa não-binária, eu definitivamente trago uma sensibilidade 'sem gênero' para qualquer personagem que interpreto, caso o papel permita. E porque Bill & Ted é uma franquia tão inocente, há algo de não-binário que pode aflorar neste ambiente."
Brigette Lundy-Paine sobre papel em 'Bill & Ted: Encare a Música'

Brigette e Samara Weaving (que interpreta Thea, filha de Bill), puderam ajudar na seleção de seus próprios figurinos para o longa, e fizeram um trato de buscar o visual mais neutro, em termos de gênero, possível.

A figurinista Jennifer Starzyk acompanhou o processo de perto e elogiou o resultado da colaboração: "Eu espero que Billie e Thea inspirem as pessoas a serem únicas, se vestirem para si mesmas. Usar o que se sentem felizes usando. Quando você ama suas roupas, essa energia irradia de você".

Representatividade em Hollywood

Brigette também falou ao Advocate sobre a ainda escassa representação de pessoas não-binárias em Hollywood. Segundo levantamento do GLAAD, nenhum personagem não-binário foi visto em filmes de grandes estúdios norte-americanos em 2019.

Eu penso que temos um longo caminho para percorrer quando se trata de representação transgênero e de pessoas não-binárias, principalmente em Hollywood. Eu acho que às vezes não conseguimos imaginar um personagem trans que é autêntico consigo mesmo, e que simplesmente faça parte da história de um filme ou de uma série de TV. E eu acho que esse é um problema social, e cultural, muito além de ser um problema de Hollywood. Eu acho que precisamos desaprender muitas coisas. Precisamos nos tornar mais flexíveis, como sociedade, quando se trata de gênero."
Brigette Lundy-Paine sobre representatividade trans no cinema

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