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Noiva de Rennan da Penha afirma ter sofrido racismo em agência bancária

Lorena contou que seu dinheiro está retido pelo banco e que quase foi presa - Reprodução/Instagram
Lorena contou que seu dinheiro está retido pelo banco e que quase foi presa Imagem: Reprodução/Instagram
do UOL

Beatriz Sanz

Do UOL, em São Paulo

30/01/2020 19h39

Na tarde de hoje, a jovem Lorena Vieira afirmou ter sido vítima de racismo em uma agência bancária do Itaú, no Rio de Janeiro.

Segundo Lorena, que é noiva do músico Rennan da Penha, ela foi retirada do banco pela Polícia Civil e "esculachada".

A modelo relatou nas redes sociais que os funcionários do banco suspeitaram de fraude, pediram para ela esperar até o problema ser resolvido e chamaram a polícia.

O DJ também se manifestou sobre o caso e explicou que a suspeita dos funcionários aconteceu porque na foto do documento de identidade ela está com os cabelos lisos e chegou na agência com os cabelos cacheados.

Em nota, o Itaú lamentou e pediu desculpas pelos transtornos. O banco afirmou que o objetivo da ação era "proteger os recursos de Lorenna de possível fraude". Leia a nota na íntegra no final da reportagem.

Lorena contou que seu dinheiro está retido pelo banco e que quase foi presa. "Não é porque eu sou preta e humilde que eu sou criminosa", encerra.

Ela foi levada até uma delegacia para prestar esclarecimentos, de acordo com Rennan. O músico afirmou ainda que pretende processar o banco.

Rennan da Penha, o noivo de Lorenna, foi preso em abril do ano passado por associação ao tráfico.

O DJ foi condenado com base em mensagens de WhatsApp no grupo de moradores do Complexo do Alemão.

A prisão do DJ, um dos expoentes do funk 150 BPM, causou comoção nas redes sociais. Rennan foi colocado em liberdade após a decisão do STF que vetava a prisão em segunda instância.

No dia 15 de janeiro, durante a gravação de seu DVD, Rennan pediu Lorena em casamento no palco.

Nota do Itaú

"O Itaú Unibanco lamenta e se desculpa pelos transtornos causados a Lorenna Vieira nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e vem tentando contato com ela para resolver a situação. O Itaú Unibanco esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O objetivo era proteger os recursos de Lorenna de possível fraude, uma vez que já havia um bloqueio preventivo de sua conta corrente e era difícil identificá-la com o documento apresentado no caixa. O Itaú Unibanco acredita que toda forma de discriminação racial deve ser combatida".

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